Unidade 6

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Unidade 6:
Cooperação pressupõe diálogo
Caro cursista,
Na Unidade 5, vimos que interagir pelo computador pode ser muito mais do que uma simples troca de mensagens. Podemos interagir de muitas maneiras ou formas. Entendemos que isso é muito importante para o aprendizado, para a economia, enfim, para a sociedade como um todo.
As possibilidades de interação oferecidas pela estrutura de comunicação da Internet criam uma rede de intervenções entre os participantes, que combina trocas cognitivas, afetivas, metacognitivas e sociais. Essas intervenções não se reduzem à busca de informações, mas incluem a disposição para aprender junto com outros, compartilhar, negociar o significado das ideias e das ações empreendidas ou ainda por empreender.
Conhecer uma variedade de recursos comunicativos e refletir acerca de suas características amplia a experiência de todos e possibilita aos professores a escolha das ferramentas mais adequadas ao propósito educativo almejado.
A comunicação é um componente tão natural e essencial em nossas vidas que muitas vezes nem nos damos conta de como ocorrem seus processos. Desde o momento em que acordamos até a hora em que vamos dormir utilizamos os mais variados processos de comunicação. Nós nos comunicamos, por exemplo, por meio da fala, de cartas, de sinais, do telefone e do computador.
São vários os serviços de comunicação oferecidos pela Internet. Além do serviço de correio eletrônico, que permite a troca de mensagens entre pessoas do mundo todo com incrível rapidez (muitas vezes substituindo os meios de comunicação tradicionais, como a carta e o telefone), também estão bastante difundidos os fóruns, as salas de bate-papo (chats), as listas de discussões, e, mais recentemente, as ferramentas para formação de redes de relacionamentos (Orkut, Facebook, Twitter e outras). Nesta unidade vamos conhecer algumas dessas ferramentas.
Objetivos de aprendizagem desta Unidade de Estudo e Prática
Ao final dessa unidade, esperamos que você chegue a:

  • • Refletir sobre a importância das ferramentas de comunicação digital na prática pedagógica;
  • • Compreender a estruturação e as especificidades do diálogo suportado por algumas das principais ferramentas de comunicação digital (bate-papo, e-mail, fóruns e listas de discussão, redes sociais);
  • • Possibilitar a utilização das principais funcionalidades dos serviços de chat, fórum e e-mail.

Comunicação: aspectos gerais
Um dos aspectos principais para diferenciar a comunicação e a interação social, seja em rede de computadores ou não, é a TEMPORALIDADE. Nessa dimensão, os modos e ferramentas de comunicação podem ser classificados em síncronos e assíncronos.
Na comunicação síncrona, como o próprio nome indica, há sincronia no tempo, ou seja, o emissor e o receptor da mensagem respondem imediatamente um para outro durante a interação. Uma conversa, ou diálogo presencial, é um tipo de comunicação síncrona. Uma tecnologia síncrona bastante comum é o telefone. Falando em redes, emissor e receptor precisam estar conectados ao mesmo tempo para que o diálogo aconteça.
Temos também, nesse caso, as conferências virtuais, que podem acontecer por meio de vídeo, áudio, ou apenas de texto escrito. Esta última – a mais popular dentre elas – é o bate-papo, ou chat(conversa), em inglês.
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Figura 6.1: Esquema geral dos atores e equipamentos envolvidos em uma videoconferência.
Em contraste, as ferramentas assíncronas flexibilizam a comunicação na dimensão temporal. Assim, o receptor e o emissor não precisam estar em permanente e imediata interação. A mensagem, após  enviada,  é  armazenada durante o  tempo necessário  até que o receptor esteja disponível para recebê-la. No caso das redes digitais, aqueles que interagem não precisam estar conectados, aguardando a mensagem. Não é o sujeito que aguarda a mensagem, é a mensagem que aguarda o sujeito. Por essa razão, são recursos muito úteis e bastante utilizados. Um exemplo comum de tecnologia assíncrona é o telex, o fax etc. Na Internet, o exemplo mais conhecido é o e-mail. E, considerando a comunicação de grupos, surgem ainda a lista de discussão e o fórum, entre outros recursos.
Vamos conhecer alguns desses recursos? Focalizaremos nosso estudo nas ferramentas que são mais comumente utilizadas e que consideramos mais interessantes para uso no contexto escolar. Dentre elas, destacamos o bate-papo, o e-mail, a lista de discussão e o fórum. Você já deve ter observado que há ambientes que agregam vários desses recursos num único lugar. É o caso do e-Proinfo que estamos utilizando neste curso.
Por fim, devido à popularidade, consideramos também relevante que você conheça um pouco mais sobre ferramentas que proporcionam a formação de redes de relacionamentos, como o Facebook.

Atividade 6.1 icone_presencial.png icone_em_grupo.png icone_aprendizado_tecnologia.png 

Experimentando o chat do ambiente e-Proinfo
Vamos experimentar uma ferramenta de bate-papo. Seu formador vai orientá-lo a entrar na ferramenta de bate-papo do e-Proinfo. A proposta é que você discuta sobre outras formas de comunicação, classificando-as como síncronas ou assíncronas. Por exemplo: as cartas, os bilhetes, os telegramas, o torpedo no celular, a secretária eletrônica, os classificados de um jornal, as malas-diretas, o pombo-correio, o radioamador.
Você consegue imaginar outros critérios para diferenciar as formas de comunicação, além da temporalidade? Experimente os outros recursos dessa ferramenta de bate-papo. Tente entender para que eles são úteis. Defina com seu formador e colegas a melhor forma de realizar a atividade.
"O e-mail"
e-mail é um serviço de envio e recebimento de mensagens eletrônicas. É um dos mais populares daInternet, sendo que quase todo usuário da Internet já possui um endereço eletrônico. O termo e-mail é derivado do termo em inglês eletronic mail (correio eletrônico), e pode designar três coisas distintas: a própria mensagem (mandar um e-mail), o serviço de entrega de mensagens (mandar por e-mail), o endereço eletrônico do destinatário (mandar para o meu e-mail). (JURISWAY, 2009).
Tomaremos a acepção de e-mail como a própria mensagem, para continuar nossa conversa. Nesse sentido, Marcuschi e Xavier (2004, p.85), tecem as seguintes considerações sobre o e-mail quando visto como um novo gênero do textual:
"O correio eletrônico deve ser considerado como um gênero textual que evoluiu de outros gêneros conhecidos, como a carta, o bilhete, o memorando, a conversa face a face, a conversa pelo telefone, sejam assíncronos ou em tempo real. De cada um, herda aspectos de formalidade ou informalidade, formas de abertura e fechamento. Dos orais, herda os turnos conversacionais entre pessoas que não estão fisicamente juntas. De todos, a possibilidade de estabelecer comunicação, tratar conteúdos, explicitar sentimentos, valores, atitudes."(MARCUSCHI; XAVIER, 2004, p.85)
Além de pensar o e-mail como um gênero textual derivado de outros gêneros, podemos compreendê-lo como um suporte, conforme nos sugere Marcuschi (2003) e Cruz (2006). Você lembra que já falamos sobre “suporte” na Unidade 4?
Para compreendermos melhor o que é um e-mail, podemos fazer uma analogia com as cartas que enviamos pelo correio normalmente, tendo como uma das diferenças o suporte, ou seja, a forma como será materializada a mensagem.
"O correio eletrônico funciona de maneira análoga ao serviço de caixa postal do correio tradicional. Neste último, o remetente escreve uma mensagem e coloca em seu envelope o número da caixa postal do destinatário. Em seguida, dirige-se a uma agência de correio para enviá-la. O sistema de entrega da empresa de correios faz com que esta mensagem chegue à caixa postal do destinatário. Este, de tempos em tempos, dirige-se à agência de correio onde ele tem sua caixa postal para receber sua correspondência." (FILIPPO; SZTAJNBERG, 1996, p. 77).
No correio eletrônico, o processo é bem similar, mas acontece nos computadores conectados à Internet. Ao escrever sua mensagem no seu computador (carta), você deve informar o endereço eletrônico do destinatário. Então, você envia a sua mensagem.
Você só consegue enviar porque você se cadastrou num serviço de e-mail, que faz o papel da agência dos correios. Ou seja, um computador conectado àInternet recebe sua mensagem e interpreta o endereço do destinatário para saber a quem enviá-la. Esse computador que faz o serviço do envio conversa com outro computador, que está configurado para fazer o serviço de receber e de guardar a mensagem, para que esta seja lida pelo destinatário quando este vier a recebê-la. É como se os computadores e a redeInternet fossem as agências de correio com seus serviços de transporte e entrega.
Ou seja, mandar um e-mail é um processo bem similar a escrever uma carta, porém nesse caso, a mensagem é enviada pelo computador e o bom disso é que ela chega à caixa postal do destinatário quase imediatamente. Mas apesar de ela chegar rápido, esse não é um serviço síncrono. Isso porque a mensagem fica lá aguardando na caixa postal até que o seu destinatário resolva recebê-la, abrindo-a. Essa é uma característica importante e central no funcionamento dos e-mails.

São inúmeras as vantagens do uso do e-mail em relação a outros suportes, como folhas de papel, telefone, e outros gêneros como carta pessoal, bilhete, telefonema. Quais dessas vantagens você já consegue imaginar? Essa é uma boa discussão para ser feita com seu grupo e com o seu formador. Em quais situações você já sentiu a necessidade de ter uma conta de e-mail (um endereço eletrônico)?

Filippo e Sztajnberg (1996) listam várias das vantagens do uso do endereço eletrônico. Dentre elas, os autores destacam que as vantagens são tanto do destinatário, que pode ter suas mensagens guardadas para lê-las quando lhe convier, quanto do remetente.  Imagine termos que convocar ou convidar dez pessoas para uma reunião por telefone, ou que tenhamos que enviar por carta uma comunicação para todos os pais de uma escola. Com o e-mail, podemos mandar uma única mensagem para as dez pessoas, ou podemos encaminhar a comunicação para todos os pais precisando apenas, após digitá-la, dar um clique de mouse.
É claro que nesse caso teríamos que conhecer e ter cadastrado os e-mails de todos esses destinatários. Por sorte, as ferramentas de e-mail nos auxiliam nesse trabalho, pois disponibilizam os catálogos de endereços. Outro aspecto que os autores destacam como bem atrativo
"é o número extremamente grande de pessoas com as quais podemos nos comunicar [...] além disto, entre o envio e a chegada na caixa postal, uma mensagem demora segundos – no máximo uns poucos minutos – para chegar. Temos uma situação sem paralelos na história da humanidade: um serviço que alcança com praticamente a mesma velocidade um número imenso de pessoas [...] só que espalhadas por todo o planeta. Atinge-se, com igual facilidade, celebridades como o presidente dos Estados Unidos e cidadãos anônimos. Atinge-se, com mesmo custo, o amigo do prédio ao lado ou o primo que está morando no Japão. O serviço é rápido e, comparado com outros serviços de comunicação como telefone, fax e correio tradicional, mais barato." (FILIPPO; SZTAJNBERG, 1996, p. 11).
E, por último, destacam ainda os autores um aspecto que é bastante significativo: o fato de que esse serviço permite o acesso a outros recursos deInternet, que a princípio só estavam disponíveis noutros serviços, tais como a transferência de arquivos de qualquer formato (textos, músicas etc.). Ainda vamos detalhar como fazer isso.
Características do e-mail
Para usar o correio eletrônico e enviar mensagens é necessário ter um endereço de e-mail. O endereço eletrônico (e-mail) é um endereço único no planeta, constituído por:
  • Login: nome de usuário ou conta que designa um único usuário associado ao provedor (agência de correio eletrônico) – não deve conter espaços, cedilhas ou acentos.
  • @: o símbolo arroba representa a palavra inglesa “at”, que significa “em” (algum lugar).
  • Endereço da empresa provedora de e-mail: é o endereço do servidor que disponibiliza o serviço de e-mail ao usuário (a sua agência de correio eletrônico).
Cada pessoa possui um endereço eletrônico diferente. Esse endereço deve ser obtido junto a um provedor - empresa que representa a agência de correios desse serviço - que têm características próprias, por exemplo, alguns são pagos e outros gratuitos; uns oferecem mais espaço para guardar as mensagens e outros menos; alguns oferecem outros serviços além do e-mail. Cada pessoa deve buscar um provedor de acordo com suas necessidades e interesses.
Para que alguém possa lhe enviar uma mensagem, ela precisa conhecer o seu endereço eletrônico. Da mesma forma, se quiser mandar uma carta, primeiro precisa conhecer o endereço residencial do destinatário.
Existem diferentes sites que oferecem o serviço dee-mail (provedores). Entre os gratuitos, alguns dos mais populares são:
Como você já deve ter notado, para os trabalhos deste curso utilizou-se até agora o Gmail. O Gmail é um provedor gratuito de e-mail que é mantido pela empresa Google, que também oferece aos seus usuários a possibilidade de utilizar outros recursosonline como: editores de texto, planilha eletrônica, agenda, blog (alguns destes já usamos neste curso).
Incluímos aqui novamente a animação “Como criar sua conta de e-mail no Gmail” conforme vimos na Unidade 3, caso você queira relembrar o processo. No entanto, nada impede, também, que você escolha outro provedor e crie outra conta de e-mail para suas atividades pessoais fora do curso.

Atividade 6.2 icone_aprendizado_tecnologia.png

Analisando a estrutura de um e-mail
Inserimos abaixo a cópia de uma tela que mostra ume-mail sendo escrito. Olhe com atenção a figura e procure responder: Quem é o remetente? Quem é (são) o(s) destinatário(s)? Qual é o assunto da mensagem? Onde está o botão enviar? Para que você acha que servem os botões “salvar agora” e “descartar”? Há algum arquivo anexado? De que tipo ele é (texto, vídeo, imagem)? E sobre o conteúdo da mensagem, o que você consegue perceber? O remetente da mensagem está repassando informações para colegas ou conhecidos seus? Onde ou como ele obteve essas informações? Você consegue notar então o alcance e a velocidade com que uma informação importante pode ser repassada rapidamente para muitas pessoas?
Figura%206.2.png
Figura 6.2: Escrevendo um e-mail.
Agora que estamos prontos e já entendemos o que é um e-mail e as condições que precisamos para usá-lo, é só partir para a ação. Vamos enviar um e-mail? Você vai precisar do software navegador de Internet, pois precisamos entrar no site do nosso provedor e efetuar o login. No caso do Gmail, você deve entrar emwww.gmail.com e digitar o seu nome de usuário e senha (conforme criado na Unidade 3).
Seu formador ajudará você a acessar sua conta do Gmail, enviar um e-mail e efetuar a troca de senha.

Atividade 6.3 icone_em_grupo.png icone_aprendizado_tecnologia.png 

Enviando e-mail em grupo
Agora que você já sabe como enviar um e-mailvamos passar para uma operação mais avançada. Formem grupos de três integrantes para esta atividade. Agora, uma pessoa de cada grupo deve ser escolhida para ser o emissor das mensagens e os outros dois serão os destinatários. O escolhido para ser o remetente deve abrir sua conta do Gmail e enviar para os outros dois participantes do grupo mensagens com as seguintes características:
  1. 1. Enviar uma única mensagem para os dois colegas usando primeiro a opção Cc e depois a opção Cco. Observem o resultado e discutam para checar se todos entenderam a diferença entre essas duas opções;
  2. 2. Enviar agora, novamente para ambos os colegas, um e-mail com um arquivo em anexo. Escolha algum dos arquivos de texto que vocês já produziram, ou alguma imagem que vocês gostaram e baixaram da Internet.  Agora os colegas que receberam as mensagens abrem suas contas e observam se elas chegaram corretamente. Não deixem de tentar abrir o arquivo em anexo para aprender como fazer;  
  3. 3. Agora um dos colegas que recebeu as mensagens deve responder a um dos e-mails recebidos;
  4. 4. E para finalizar, o mesmo colega, ao invés de responder ao e-mail recebido, vai encaminhar para um colega de outro grupo.
Você e seu grupo tiveram dificuldade em realizar a atividade? Caso tenham sentido dificuldades, conversem com seu formador sobre e ele ajudará o grupo para uma melhor compreensão sobre o que foi feito.
Já podemos celebrar o fato de termos mais um novo usuário de e-mail no planeta? Foi bastante tranquilo, não? Aproveite esse recurso fantástico. Qualquer computador conectado à Internet lhe dará acesso a sua conta de e-mail.
Não se esqueça de usar sua conta de e-mail. Lembre que apesar de parecido com a carta, o e-mail não vem bater a sua porta, você é quem deve regularmente abrir sua conta e checar sua caixa de entrada. É importante que faça isso regularmente, pois ao não fazer, você deixa suas mensagens sem resposta.
Quando você fornece seu endereço eletrônico para alguém, informe também qual a frequência com que você acessa sua conta de e-mail, assim a pessoa pode ter uma expectativa correta do tempo de espera pela sua resposta.
Há muitas outras facilidades oferecidas pelas nossas agências de correio (nossos servidores de e-mail). Algumas delas são: organização de cadernos de endereço eletrônico, montagem de grupos de endereços para envio de mensagens frequentes para múltiplos destinatários, respostas automáticas para quando estamos de férias e não queremos ler nada, solicitação de notificação automática de chegada da mensagem, categorização por prioridade quando temos uma mensagem urgente etc.
Como nem tudo é perfeito, ocasionalmente ocorrem problemas quando enviamos uma mensagem. Nesses casos, recebemos de volta a mensagem enviada com uma descrição do provável motivo que causou o problema. Na maioria dos casos, temos os seguintes erros:
  • endereço digitado com erro;
  • usuário não existe no endereço (login é outro ou o usuário mudou de endereço eletrônico);
  • o servidor de recebimento de mensagens do usuário destinatário está fora do ar;
  • o caminho na rede está interrompido em algum ponto;
  • a caixa de e-mail do destinatário está cheia.
Para o caso de você vir a ter dúvidas no futuro, sugerimos que assista novamente a animação: “Como usar o seu e-mail no Gmail”. Ela está a sua disposição.
Antes de finalizar essa nossa conversa sobre o uso de e-mail, temos ainda alguns aspectos a salientar. Um deles é lembrar-lhe de que há um serviço associado ao e-mail que é bastante conhecido e bastante utilizado pelas empresas em geral: trata-se das listas de discussões. Esse é um tema importante para uma escola. Vamos ver por quê?
Listas de discussão
Para entender o que é uma lista de discussão, vamos imaginar que você e mais quinze dos seus colegas professores resolvam debater sobre um determinado tema. Vocês poderiam todos informar-se sobre os endereços uns dos outros (um de vocês poderia até mandar a lista de endereços por e-mail para todos ‘os outros’) e quando alguém quisesse comunicar algo precisaria apenas enviar um e-mail para os outros quatorze. Sem problemas, não é mesmo?
Mas imagine agora que você, diretor de uma escola, quer mandar um e-mail para a lista de 1.367 pais de alunos da escola, podendo eles também responder esse e-mail em retorno para todos os pais, gerando, assim, um debate entre todos eles. Nossa! Agora já ficou mais complicado. A solução para o caso é criar uma lista de discussão, que consiste em criar um único endereço eletrônico, como por exemplo, pais_da_escola_guilherminaSilva@dominio.do.servidor.de.listas, que terá a ele associado todos os endereços dos pais da escola.
"A existência de um e-mail específico através do qual todos se comunicam é a chave do serviço de listas de discussão: desta forma, transformamos uma extensa lista de endereços de participantes, que altera a todo momento, em um único e imutável endereço da lista de discussão."  (FILIPPO; SZTAJNBERG, 1996, p. 155).
Apesar de estarem construídas sobre o serviço de e-mail, as listas de discussão são um serviço específico, diferente do serviço de e-mail, pois requerem um servidor que seja configurado para executá-las, sendo necessário um programa de gerenciamento de listas. A máquina que tem esse programa instalado “funcionará como um refletor (porque reflete mensagens para todos) e passará a ser conhecida como sendo um servidor de listas” (FILIPPO; SZTAJNBERG, 1996, p. 156).
As grandes empresas e corporações mantêm seus próprios servidores de listas. Para os usuários em geral, a alternativa é usar algum servidor gratuito, que se denominam servidores para grupos. Alguns dos mais conhecidos são:

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Questões de segurança no uso do e-maile de listas de discussão
Voltando à questão do e-mail, há alguns aspectos de segurança específicos dessa ferramenta que devemos destacar. Há uma questão sempre presente, mesmo sabendo que é crime a violação da correspondência alheia, como saber que, estando nossa mensagem digital viajando por aí na rede Internet, não será ela interceptada e lida. Afinal, não temos nenhum lacre que informe se a mensagem já foi aberta ou não. Não há mesmo como saber. A questão é confiar nos administradores dos servidores da rede.
"A Internet sempre teve na segurança um ponto fraco." (FILIPPO; SZTAJNBERG, 1996, p. 157).
As pesquisas em segurança têm avançado muito. Quanto a essa questão de fundo, não há muito a fazer. Há, contudo, outras questões para as quais podemos tomar precauções efetivas. Elas são todas referentes ao recebimento dos spams.  Mas o que é um SPAM?
São aquelas mensagens que recebemos sem desejar.  Essas mensagens são usadas para enviar propagandas, vírus ou, mais grave ainda, para enviar pornografia, ou mesmo para lesar-nos tentando roubar nossos dados. É o que chamamos de lixo eletrônico.

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Esse lixo é produzido porque muitas pessoas utilizam da maior vantagem do e-mail, o de mandar uma mesma mensagem para muitas pessoas. “Este tipo de mensagem causa muitos prejuízos e algumas fontes chegam a mencionar cifras bilionárias ao contabilizar os gastos com esta praga eletrônica” (CAMARGO, 2008). Há até um comércio na Internet para venda de grandes listas de e-mails válidos, que algumas pessoas conseguem juntar.
Para se proteger desses golpes, veja alguns cuidados adaptados daqueles indicados por Camargo (2008):
  • Primeiramente, nunca responda spams, se você fizer isso estará apenas confirmando a existência do seu e-mail e, dessa forma, será alvo certo de lixo eletrônico.
  • Tome cuidado principalmente com mensagens enviadas por:
  • agências governamentais: “Seu CPF está bloqueado, clique aqui para regularizar sua situação”;
  • bancos: “Estamos procedendo um novo cadastramento, clique aqui e acesse a página para entrada de dados”;
  • serviços de proteção ao crédito: “Seu crédito está bloqueado, clique aqui para conhecer o processo...”;
  • Saiba que esse tipo de instituição não envia mensagens eletrônicas para seus clientes, justamente para protegê-los de possíveis ações mal intencionadas.
  • Desconfie das mensagens enviadas por alguém que se apresente como um(a) amigo(a) distante ou apaixonado(a) desconhecido(a): “Fulano(a) enviou um cartão para você, clique aqui para ler o seu cartão”; “Não me esqueci de você, clique aqui para ver a nossa foto”.
  • Não siga mensagens de “clique aqui!”, desconfie sempre. Ao clicar você estará possibilitando que algum vírus se instale, ou que seus dados sejam fisgados. Lembre-se, agências governamentais, ou empresas que lidam com grandes parcelas da população, têm como regra não usar o e-mail, justamente para proteger os cidadãos desse tipo de trapaça.
  • Preserve seu e-mail. Só o forneça para pessoas confiáveis.
  • Use “Cópia Oculta” ao enviar e-mails a muitos contatos. Essa é uma maneira de evitar que seu e-mail circule pela rede caso seu destinatário encaminhe a mensagem que você enviou, principalmente naqueles e-mails do tipo corrente (que você deve mandar imediatamente para dez outros amigos). É indicado que você não dê continuidade a esses e-mails, porque são boas fontes de captação de listas de endereços pelos spammers (os que gostam de enviar spams).
  • Utilize os filtros antispam do seu provedor. No Gmail, há uma opção de configuração chamada filtro, que pode ser usada para excluir imediatamente mensagens que contenham determinadas palavras, ou que tenham sido enviadas por determinado endereço. Vale a pena aprender a usar.
Bate-papo
Como você deve ter percebido na atividade 6.1, ochat possibilita a troca de mensagens de forma bastante ágil e rápida, por isso é considerado um tipo de ferramenta de comunicação síncrona muito usada. Ele permite conversa em tempo real, por uma ou mais pessoas distantes geograficamente. Na conversa, os participantes digitam suas perguntas, respostas ou afirmações. A diferença é que essa “conversa” acontece não verbalmente, mas por escrito. Assim, todos que dela participam veem na tela do computador o que é digitado.

Quantas vezes nos reunimos presencialmente para trocar ideias a respeito de um tema que nos inquieta! Você já está acostumado(a) a participar desse tipo de discussão na vida escolar.
Pode-se fazer o mesmo através da rede de computadores?
O que muda no processo de diálogo ao se debater e conversar com outras pessoas pelo computador?
Será que essas mudanças podem ser consideradas uma conquista na nossa vida cotidiana e no exercício profissional?

Você prestou atenção no nome da ferramenta "bate-papo"? Ela nos indica a sua informalidade. Afinal, em nosso dia a dia, quando pensamos em “bater papo”, imaginamos uma roda de amigos “jogando conversa fora”, não é mesmo? Portanto, não é de se surpreender que a linguagem utilizada nessa ferramenta seja informal, visto que nesse contexto vale mais a emoção e a espontaneidade!
Você já observou o modo como os jovens se comunicam usando essa ferramenta? Eles praticamente inventaram uma nova linguagem. O contexto de como essas relações acontecem dá sentido a essa forma “estranha” de escrita utilizada pelos jovens. É realmente interessante conhecermos um pouco sobre esse fenômeno. Vamos conversar mais a esse respeito para uma análise mais ampla.
Em primeiro lugar, retomando a ideia de amizade, vínculos, “tribos”, podemos entender que por meio da linguagem são criados códigos próprios que fortaleçam a identidade do grupo. Você concorda? Tente lembrar-se de jogos de linguagem usados na sua infância e adolescência: gírias, códigos para escrever em diários (especialmente as meninas – lembram-se da língua do “p”?). Enfim, são muitas as estratégias possíveis para criar condições para favorecer a compreensão de alguns (seus amigos) e dificultar a inserção de outros (os “xeretas” – colegas que não são do grupo –, pais, professores etc.). Sim, é preciso enfrentar a realidade, por vezes nossos alunos irão nos excluir ao escrever com abreviaturas e símbolos estranhos! Mas tente lembrar que você também já foi assim e será mais fácil ser tolerante. ;-)
Talvez você consiga, inclusive, inserir-se no processo e brincar com a linguagem. Por exemplo, você compreendeu o símbolo que escrevemos no final do parágrafo anterior? Se olhá-lo “de lado” irá enxergar uma “carinha” piscando.
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Figura 6.3: emoticons.
Percebeu agora? Essas “carinhas” são chamadas desmileys ou emoticons. Elas podem ser digitadas ou, na maioria das ferramentas de bate-papo, elas já aparecem como ícones, e há barras de botões com as opções. O quadro a seguir apresenta uma relação das carinhas formadas por diferentes sequências de teclas e o seu significado correspondente. O quadro que segue mostra as mesmas carinhas já no seu formato icônico. Interessante é que quando começamos a nos acostumar com elas, conseguimos compreender o seu significado quase imediatamente. ;-) Legal, não?

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Muitas razões justificam o uso dos emoticons entre os usuários de bate-papos. Quando usamos a linguagem escrita não dispomos dos recursos típicos da oralidade como entonação de voz e expressão facial. Assim, para evitar mal-entendidos é muito importante deixar clara a intenção e emoção que permeiam a mensagem. Também é necessário ser ágil na escrita, pois digitamos mais lentamente do que falamos. E é mais fácil e divertido expressar “;-)” do que “a mensagem que escrevi ter um tom de brincadeira”, certo? :-)
Esperamos que você não esteja duvidando da importância pedagógica desse tipo de recurso! @ & :-)  E que não haja muitas dúvidas (caraminholas) dando voltas na sua cabeça!
Afinal, aprender também rima com prazer! E o lúdico tem um papel de destaque no processo educativo. De acordo com Schwartz (2004), o lúdico pode ser a ocasião de se lidar com aspectos da formação humana que passam pela segurança e o incerto, pelo medo e a coragem, pela perda e o ganho, pelo prazer e o desprazer, o sério e o cômico, a objetividade e a subjetividade, entre outros. Também pode se constituir em uma oportunidade de ensinar a aprender sobre a vida, entendida com um grande jogo em que estão presentes objetivos, regras e papéis. A autora percebe no jogo uma ponte possível para transitar entre o real, o imaginário e o simbólico. Nessa perspectiva, apostamos na ideia de que as “tecnologias digitais favorecem novas interações entre agentes humanos e técnicos e fazem emergir novas formas de aprender fundamentadas muito mais nos sentidos, sentimentos e emoções” (ASSMANN, 2005, p. 34).
Há diversas ferramentas de bate-papo disponíveis abertamente na Internet. Qualquer pessoa pode ir até uma delas e participar da conversa. Em geral, nessas salas, as pessoas usam apelidos, e é uma prática bem comum a troca de identidade. Alguns exemplos:
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Figura 6.4: Sala de bate-papo
Os sites abaixo oferecem salas de chat gratuitas e públicas:
Por outro lado, no Portal do professor ou em Ambientes Virtuais de Aprendizagem, o acesso a esse tipo de recurso é restrito apenas aos membros de determinado curso. A Figura 6.5 ilustra o Chat do Ambiente Virtual e-Proinfo.
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Figura 6.5: Chat do e-Proinfo.
Comparando essas salas de bate-papo públicas com a sala do e-Proinfo que utilizamos na atividade anterior, percebemos algumas diferenças:
  • primeiro, essas salas públicas são como bares, enquanto que  a  sala do  e-Proinfo é um local reservado;
  •  as salas são temáticas e no chat do e-Proinfo não temos essa característica, a princípio;
  •  alguns desses chats têm associado à transmissão de vídeo, ou seja, eles simulam a conversa face a face online.
Existem, ainda, outras possibilidades de recursos disponíveis na Internet que podem ser encontrados por meio de uma pesquisa sobre salas de bate-papo (chats). Além dos sites que oferecem salas de bate-papo, existem programas que podem ser instalados no seu computador que permitem registrar um grupo de amigos, com os quais é possível conversar sempre que estiverem online (conectados na Internet). Esses programas são muito populares por permitirem que o usuário escolha com quem quer conversar a partir da indicação dos seus amigos ou conhecidos que possuem o cadastro no mesmo serviço de conversa instantânea.
Um dos serviços de mensagens instantâneas bastante utilizado no momento é o chamado Skype, que é encontrado no sitehttp://www.skype.com/intl/pt-br/home. A figura abaixo ilustra um bate-papo entre duas pessoas no Skype, com o uso de emoticons.
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Figura 6.6:Janela de bate-papo do Skype
Mas há outros tantos serviços com finalidade semelhante. O recurso do bate-papo também é disponibilizado em redes sociais como o Orkut, Google + e Facebook, podendo ser acessado também por meio das contas de e-mails como o Gmail e Hotmail.


Que tipo de atividades educativas são mais pertinentes de serem realizadas em um bate-papo?
O potencial de promover o vínculo, o sentimento de proximidade e a agilidade na comunicação tornam a ferramenta de bate-papo interessante para a realização de atividades educativas. Algumas razões para o uso dos chats com seus alunos são: fortalecimento de laços sociais, formação de grupos, tomada de decisões em grupo, tempestade de ideias, esclarecimento de dúvidas. Também é interessante trazer convidados para uma entrevista ou “mesa- redonda”. Atualmente, esse tipo de dinâmica está sendo usada por alguns programas de televisão, disponibilizando chats com famosos ao final do programa.
Assim, o telespectador pode entrar em um chat com um ator ou atriz famosa, alguma personalidade ou ainda pesquisadores e profissionais que possam nos dar informações relevantes sobre determinado tema.
Por outro lado, essa ferramenta mostra-se pouco adequada para aquelas atividades que exigem maior tempo de reflexão, mais desenvolvimento das ideias e argumentos, maior carga de informações e trabalho com conteúdos mais complexos (MERCADO, 2005, p.53). Se esses forem o propósito da interação, o uso da ferramenta fórum é mais adequado. Nós a veremos na continuidade deste capítulo.


Atividade 6.4 icone_a_distancia.png  icone_em_grupo.png icone_aprendizado_tecnologia.png icone_reflexao_pegagogica.png 

Potencial pedagógico da ferramenta de bate-papo
Convidamos você e todos os seus colegas a voltarem ao chat do e-Proinfo para debater as questões que relacionamos a seguir. Faça a leitura de todas, primeiramente, e em seguida, escolha as questões que você gostaria de discutir, ou elabore outras questões dentro da temática para, então, começar a participar do chat com seus colegas.
Você já tinha imaginado como é conversar por escrito com várias pessoas ao mesmo tempo, sabendo que o registro e envio das mensagens é feito na emissão, isto é, pela ordem de envio? O que você está achando disso?
Nos chats, há risco da conversação ficar “truncada”, porque as respostas em alguns momentos não são para as perguntas formuladas, na mesma ordem – podendo ocorrer de uma pessoa perguntar algo e só ter a resposta após algumas mensagens depois e assim por diante. Apesar disso, você sente que é possível manter a coerência da conversa com aquilo é perguntado com o que é respondido?
Colocando-se agora no papel do professor, como você imagina envolver todos na conversa mantendo o interesse em participar? Você considera que o chatpode ser usado na educação presencial ou apenas a distância?
Ainda há muito para se falar sobre o uso dos chats na educação formal e informal. Pesquisadores, como Costa (2006), já indicaram semelhanças entre os processos de escrita durante a alfabetização e noschats, indicando que o uso do chat pode contribuir bastante para o processo de alfabetização de adultos.
Corrêa (2007) nos lembra de que o chat pode ser uma ferramenta poderosa para dar base a projetos cooperativos de aprendizagem. Como ele reduz aspectos de gênero, raça, deficiências físicas e status social, dentre outros, ele diminui a assimetria da interação entre minorias excluídas e/ou discriminadas com outros grupos. Um exemplo é o caso dos surdos. Como diz Stumpf (2009), para os surdos o uso dessas tecnologias é um novo fator que vem possibilitar-lhes a inclusão “em muitas atividades de vida diária que antes não estavam ao seu alcance (...)”. Essa ferramenta possibilita aos surdos comunicarem-se a distância com seus pares, sem intermediários e em tempo instantâneo”.

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Um último aspecto importante a destacar é a segurança nas salas públicas de chat. Visitar uma dessas salas públicas corresponde a entrar num ambiente com muitos desconhecidos. Então, além dos aspectos de segurança pessoal que já destacamos na Unidade 2 (sobre não fornecer seus dados), destacamos ainda a importância de tomar cuidado quando for aceitar conhecer pessoalmente alguém que encontrou, ficar atento aos convites para conversas privadas e buscar conhecer a política de privacidade do site visitado.
As precauções acima servem para pessoas de qualquer idade. No caso de crianças, os cuidados devem ser redobrados, pois diferente de outras formas de comunicação digital, no caso dos chats públicos, não se tem acesso ao registro das conversas. Então não há como saber com quem a criança conversa nem sobre o quê. Não permitimos que nossos filhos menores vão sozinhos a lugares desconhecidos conversar com pessoas estranhas, não é mesmo? Da mesma maneira, precisamos criar regras claras para proteger nossas crianças nesses ambientes. Há várias dicas sobre como os pais devem agir para proteger os seus filhos. Professores também precisam se informar, até para auxiliar na orientação dos próprios pais. Você explorou as referências sobre segurança que sugerimos lá na Unidade 2? Talvez seja o momento de retomar esses estudos.
Fórum de discussões
A palavra fórum, que significa originalmente o lugar para o debate (praça pública ou sala), passou a significar também o próprio debate ou a reunião para discutir um determinado tema. Na rede digital, o fórum é esse espaço virtual de discussão e debate. Nele o debate dá-se por escrito, então cada participante deve escrever sua opinião. Do mesmo modo que nos fóruns presenciais, os virtuais incluem muitos participantes e, por isso, a discussão deve girar em torno de um tema predeterminado.
É importante destacar que as redes sociais comoFacebookOrkutTwitter, entre outros, além dos blogs, do YouTube e etc., concentram estruturas que se caracterizam como fórum de discussão. Todos apresentam o componente que determina a existência de um fórum de discussão, que é a troca de mensagens e debate entre pessoas, por meio dos comentários e sugestões que disponibilizam.
Neste curso, estamos usando a ferramenta fórum do ambiente e-Proinfo, então, já temos certa familiaridade com ela. Já percebemos que o debate em um fórum se estrutura de forma muito simples. A partir de um tema central, os participantes publicam mensagens, expressando suas ideias, dúvidas, questionamentos. Essas mensagens ficam disponíveis para todos os participantes, podem ser lidas e comentadas (respondidas) a qualquer momento, possibilitando a continuidade do diálogo. De forma simplificada, podemos imaginar inicialmente que o fórum é um mural, um lugar onde todo mundo publica suas opiniões.
Entretanto, analisando em maior profundidade, percebemos que o fórum supera as funcionalidades de um simples mural, pois oferece diversos recursos que facilitam o acompanhamento dos fluxos de interação. Você pôde perceber isso nas atividades nas quais utilizamos o fórum do e-Proinfo. Na imagem a seguir, veja mais um exemplo de fórum realizado em cursos a distância. Observe como são listadas as mensagens e as pessoas que as enviaram; veja o controle de data e horário; veja o controle de mensagem inicial e do número de respostas recebidas em cada uma.
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Figura 6.7:Fórum no Moodle
Note que essas facilidades de visualização da lista de mensagens trocadas e do seu fluxo permitem reconstituir e recuperar a dinâmica da discussão. Ver as mensagens por encadeamento oferece a vantagem de acompanhar, controlar e analisar a participação, se houve debate, se houve monopolização da discussão, se todos  participaram, que mensagens  suscitaram mais discussão,  além dos  argumentos  utilizados  no  corpo das mensagens e assim por diante.

Atividade 6.5 icone_presencial.png icone_reflexao_pegagogica.png 

Características da ferramenta fórum
Se pensarmos no uso desse recurso no contexto escolar, muitas questões surgem. Propomos agora a discussão e o debate de algumas questões que julgamos pertinentes. As questões para discussão são:
  • Quais diferenças vocês conseguem apontar entre um diálogo realizado presencialmente e um diálogo online utilizando um fórum?
  • Quais os benefícios e limitações da utilização de um fórum de discussão no processo de ensino-aprendizagem?
Para realização desta atividade segue a sugestão de uma dinâmica, possibilitando uma forma lúdica de representá-la.
Dinâmica – como funciona um fórumonline?
Preparamos uma ideia de dinâmica caso prefiram realizar essa reflexão de forma mais lúdica. Esta atividade consiste na simulação de um fórum de discussões online. Em parceria com o seu formador, analisem a pertinência de realizá-la. Senão, talvez a proposta seja útil para aplicação com seus alunos.
O debate ocorre de forma escrita e vai sendo organizado em um painel de papel pardo ou na parede, estruturando a informação com: tópicos e subtópicos; encadeamento das mensagens; identificação da data e do remetente.
Para preparar a atividade, distribua folhas de papel ofício cortadas ao meio no sentido horizontal com o seguinte cabeçalho:
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Figura 6.7: Sugestão de experiência com fórum
Os participantes escrevem as mensagens que querem enviar ao fórum. As mensagens devem identificar a que tópico se referem (proponha como tópicos as questões listadas para o debate).  Informe que podem ser criados novos tópicos ou subtópicos.
Quando a mensagem for enviada em resposta a alguma outra - peça que identifiquem, isso permitirá o encadeamento.
Algum membro do grupo deve assumir o papel de receber as mensagens e “postar” no fórum. Para isso, façam um grande painel de papel pardo (ou use uma parede vazia) e colem (postando) as mensagens que lhe chegam obedecendo a estrutura de um fórum eletrônico (ou seja, classificando por tópico e subtópicos). Tenha em mãos tiras de papel mais longas para escrever o nome dos tópicos criados. O ideal é usar um sistema de colagem que permita o rearranjo, pois à medida que muitas mensagens sejam encadeadas, isso poderá ser necessário.
Não é interessante que os participantes se comuniquem oralmente. As mensagens devem ser escritas e lidas em silêncio, simulando, assim, a situação em que o único meio de comunicação seja o próprio fórum.
Delimite um tempo para a atividade. Ao final, vocês podem recuperar e sistematizar alguma discussão que tenha ficado em aberto.
Esperamos que a atividade tenha tornado possível a compreensão do que é e como funciona essa ferramenta. Vamos aprofundar a reflexão abordando questões acerca do uso desse recurso no contexto escolar.
Devido ao fato da comunicação ser assíncrona, não há urgência no envio da mensagem, possibilitando ao participante escrever com calma, reler e revisar seu texto. Essa característica possibilita a escrita da redação de uma forma mais elaborada, tanto no sentido ortográfico e gramatical quanto conceitualmente. Também é possível ler e analisar com calma as contribuições dos colegas, buscando relações e produzindo sínteses do debate.
Outro aspecto importante acerca da forma de comunicação no fórum é a recursividade, ou seja, o tempo não é percebido como linear! Em um debate no fórum, cada participante pode apresentar seus comentários em dias e horários diferentes, de acordo com sua disponibilidade. O fato de todas as contribuições ficarem registradas permite que não exista a condição de “chegar atrasado”, afinal, todas as ideias permanecem abertas, disponíveis e podem ser revisadas, retomadas, aprofundadas! É possível, inclusive, imprimir o debate para ler com calma antes de escrever uma contribuição.
Além dessa característica potencializadora das contribuições, um fórum organizado na Internetapresenta, ainda, o benefício de permitir o registro da discussão e dos dados gerados e compartilhados, ou seja, muito tempo depois da discussão ter sido realizada podemos voltar a ela. Isso pode ser interessante não apenas para o grupo que realizou a atividade, mas também para grupos futuros, como um banco de informações iniciais para gerar outras pesquisas e conversas.
Portanto, conforme comentamos anteriormente, os fóruns são recursos bastante úteis para o debate de conteúdos mais complexos, que necessitam de maior tempo para aprofundar a reflexão e elaboração de ideias.
Lembremos um aspecto que temos ressaltado bastante neste curso (principalmente quando estudamos blogs e editores de textos): a expressão e o registro das ideias estimulam a organização do pensamento. É importante perceber que, para expressarmos nossas ideias de forma clara, precisamos fazer um esforço de análise e síntese do que apreendemos.
Esse é um processo muito importante para o aprendizado, o qual denominamos de metacognição. Diferentes formas de expressão alteram a complexidade desse processo. A forma escrita, como realizada em um fórum, exige uma expressão mais elaborada do que aquela realizada em um bate-papo. Em outras palavras, para além do desenvolvimento da escrita, a interação no fórum pode estimular a organização do pensamento e, consequentemente, aprendizagens mais complexas!

E qual é o papel do professor na preparação, moderação e avaliação do debate nos fóruns de discussão?
Ao preparar um fórum, tenha os seguintes cuidados:
  • Defina com antecedência a temática (objetivos de aprendizagem, conteúdos) do debate e o tempo para sua realização;
  • Prepare a turma previamente, orientando acerca do uso da ferramenta e estabelecendo acordos para a interação online;
  • Acompanhe o andamento e estimule a participação.
Acerca da moderação:
  • Evite o papel de “detentor” do conhecimento, centralizando o debate e/ou colocando-se na obrigação de apresentar respostas aos questionamentos que surgirem. Mas apresente exposições mais detalhadas (respostas) quando o grupo estiver com dificuldades de compreensão do tema;
  • Promova a interação e estimule a autonomia;
  • Incentive a diversidade de ideias e faça perguntas abertas que incentivem o pensamento crítico e a análise do tema;
  • Peça aos alunos para justificar e explicar seus pontos de vista;
  • Auxilie o grupo a buscar sínteses ao final de um debate.
Dicas de questionamentos para estimular o debate. (PALLOFF; PRATT, 2004)
  • Questões que pedem maior evidência:
Em quais fontes/dados você se baseou?
Você poderia citar outros autores que sustentam sua argumentação?
Você encontrou tal ponto de vista no material de leitura?
O que você usaria para sustentar sua argumentação se alguém duvidasse dela?
  • Questões que pedem esclarecimento:
Você poderia expor essa ideia de outra forma?
Qual seria um bom exemplo para ilustrar o que você está falando?
O que você quer dizer com…?
Você poderia explicar o termo…?
Você poderia ilustrar de outra maneira a sua argumentação?
  • Questões de conexão:
Há alguma conexão entre o que você disse e o que o fulano estava dizendo?
Como seu comentário se relaciona com o que o fulano disse?
Como sua observação se relaciona com o que o grupo decidiu?
Sua ideia contradiz ou sustenta o que estamos dizendo?
  • Questões de síntese e resumo:
Quais são as duas ideias mais importantes que surgiram dessa discussão?
O que não se conseguiu resolver?
O que você considera que aprendeu de mais significativo na discussão?

Na perspectiva de fomentar níveis mais complexos de estruturação do pensamento, a avaliação da participação em um fórum deve contemplar, além dos critérios técnicos (vinculados a habilidades e saberes específicos relativos aos conteúdos), também critérios atitudinais, a citar: habilidade de comunicação e expressão; criticidade e pensamento complexo, capacidade de estabelecer sínteses, relações globais; interação cooperativa, contribuindo para a construção coletiva do conhecimento; entre outras. E, para instigar a tomada de consciência dos alunos, você pode propor que os próprios estudantes avaliem sua participação em um fórum. É interessante propor critérios para balizar a análise, os quais podem ser construídos conjuntamente com os alunos ou preestabelecidos por você. No quadro abaixo, exemplificamos critérios amplos para autoavaliação da participação em um fórum de aprendizagem. Analise as contribuições que você postou no(s) fórum(ns) de estudo, seguindo os critérios abaixo:

Critérios para autoavaliação da participação em um fórum
Habilidade de escrita:
  • busco me expressar de forma clara;
  • minhas mensagens são concisas e, sempre que possível, procuro agrupar minhas ideias em uma única mensagem para facilitar a leitura e organização do fórum;
  • tenho cuidado para evitar erros de digitação e ortografia.
Com base na observação realizada, que nota você atribui para a sua habilidade de escrita?
Por que você considera que merece essa nota? Justifique.
Postura crítica e reflexiva:
  • expresso reflexões pertinentes acerca dos conteúdos estudados;
  • justifico minhas reflexões;
  • demonstro ter compreendido os conceitos necessários para atingir os objetivos propostos.
Com base na observação realizada, que nota você se atribui no que se refere ao aspecto construção do conhecimento?
Por que você considera que merece essa nota? Justifique.
Autonomia e cooperação:
  • demonstro respeito à diversidade de ideias e compartilho minha opinião a partir das colocações dos colegas;
  • busco trazer questionamentos significativos a partir das colocações dos colegas;
  • busco estabelecer relações entre ideias colocadas pelos colegas;
  • colaboro na construção coletiva do conhecimento aprofundando ideias/conceitos e/ou colocando uma nova perspectiva.
    Com base na observação realizada, que nota você atribui para a sua postura cooperativa e autônoma? Por que você considera que merece essa nota?

É importante enfatizar que a autoavaliação não exclui o olhar cuidadoso também por parte da equipe docente. Quando o(a) estudante  realiza uma autoavaliação, especialmente quando é inexperiente nesse tipo de procedimento, é normal apresentar dificuldades para se observar e perceber suas limitações (ou ao contrário, por vezes, não percebe suas qualidades positivas). Assim, cabe ao professor e/ou tutor também tecerem seus comentários, contribuindo para uma percepção mais ampla e aprimoramento das habilidades do(a) estudante. O parecer da equipe docente privilegia a intencionalidade da avaliação, que não almeja o estabelecimento de notas e conceitos, mas essencialmente conscientizar acerca da qualidade de suas produções no curso e dos aspectos que poderiam ser aprimorados.

Atividade 6.6 icone_em_grupo.png icone_projeto_integrado.png

Debate sobre o Projeto Integrado de Aprendizagem
Agora que você estudou a ferramenta fórum em maior detalhamento, que tal aplicar esses conhecimentos para aprimorar a aprendizagem cooperativa com seu grupo no projeto integrado de aprendizagem? Escolham uma temática que considerem relevante para os aprofundamentos necessários no projeto e realizem um debate no fórum do e-Proinfo. Aproveitem para aplicar as estratégias de planejamento e moderação apresentadas acima!

Redes Sociais
No Brasil, as redes sociais virtuais cresceram rapidamente nos últimos anos, devido ao sucesso inicialmente do site chamado Orkut e mais recentemente do Facebook. Você, provavelmente, já ouviu alguém comentando sobre ter uma página noOrkut ou Facebook, certo?
De forma ampla, Boyd e Ellison (2007) definem ossites de redes sociais como serviços baseados na webque possibilitam a uma pessoa:
(1) criar no sistema, de forma pública ou com algumas restrições de acesso, um conjunto de informações que a descrevem (perfil);
(2) articular uma lista de usuários com quem deseja estar conectada;
(3) ver e explorar as listas de relações de outras pessoas do sistema.
Cada rede costuma criar diversas funcionalidades divertidas e interessantes visando ao fortalecimento dos vínculos sociais entre os participantes.
Boyd e Ellison (2007) destacam que essas redes costumam se estruturar entre pessoas que já têm vínculos (familiares, amigos, conhecidos). Assim, o que torna essas redes únicas não é o fato de possibilitarem o encontro de estranhos, mas de articularem e tornarem visíveis suas redes sociais existentes. Dwyer et al. (2007) vão na mesma direção apontando como propósitos de estruturação dessas redes: manter vínculos; manter os amigos informados de aspectos diversos de sua vida; estar informado acerca das atividades dos amigos; compartilhar fotos; apresentar uma vasta rede de relações; criar uma imagem idealizada.
Nos estudos sobre as redes sociais chamam também a atenção à ideia de que as pessoas ali buscam “capital social”. A noção de capital social poderia ser entendida como: a capacidade de interação dos indivíduos, seu potencial para interagir com os que estão a sua volta, com seus parentes, amigos, colegas de trabalho, mas também com os que estão distantes e que podem ser acessados remotamente. Capital social significaria aqui a capacidade de os indivíduos produzirem suas próprias redes, suas comunidades pessoais. Na sociedade atual, parece que tudo pode ser analisado na perspectiva de valor econômico agregado, inclusive a quantidade de relações de uma pessoa. Ora, as relações sociais passam a ser percebidas como um ‘capital’ justamente quando o processo de crescimento econômico passa a ser determinado não apenas pelo capital natural (recursos naturais), produzido (infraestrutura e bens de consumo) e pelo financeiro. Além desses, seria ainda preciso determinar o modo como os atores econômicos interagem e se organizam para gerar crescimento e desenvolvimento. A compreensão dessas interações passa a ser considerada como riqueza a ser explorada, capitalizada (COSTA, 2005, p. 239).
Dessa forma, além da busca de popularidade e prestígio no sentido afetivo, percebe-se que muitas pessoas buscam nas redes sociais contatos que possam ser úteis para promoção pessoal e/ou de determinados produtos e serviços. Observa-se, também, a criação de perfis institucionais, inclusive de escolas. Veja o exemplo:

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Figura 6.8:Página de uma escola no Facebook
No Brasil, falar de redes sociais ou de relacionamentos é praticamente sinônimo deOrkutFacebook e Twitter. Mas é importante que você saiba que há uma grande variedade de redes.

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Figura 6.9: Datas de lançamento dos maiores sites de redes sociais
Quando você estiver participando de uma rede social, lembre-se das orientações de segurança que estudamos na Unidade 2! Nas redes de relacionamentos, é preciso cautela para não divulgar informações pessoais para estranhos! Procure as opções de privacidade específicas da ferramenta que você estiver utilizando.
As redes sociais estão entre as tecnologias de maior interesse e uso entre jovens na atualidade, concorda? Dada a importância de aprofundarmos o estudo sobre essa e outras tecnologias de destaque entre os estudantes, o Proinfo Integrado tem agora um novo curso denominado Redes de Aprendizagem.

Etiqueta na rede (netiqueta)
Vimos diversos modos de estabelecer comunicação e diálogo na Internet. Em qualquer processo de relacionamento pessoal, devemos observar normas e protocolos que zelam por uma boa comunicação. O conceito de netiqueta pode ser compreendido, tomando o sentido da palavra ao pé-da-letra: a etiqueta no uso da rede (net). Assim como em atividades de grupo, na Internet, cada um deve sempre usar o bom senso ao entrar em contato com outras pessoas, de maneira a evitar ofensas, agressões ou desentendimentos.
Algumas regras de bom comportamento na Internetforam estabelecidas e as pessoas devem comportar-se de forma apropriada quando estiverem utilizando as ferramentas de comunicação. Veja a lista abaixo:
  • Seja cuidadoso com o que fala para e sobre os outros – a comunicação na rede dá-se por escrito e normalmente fica registrada, então é preciso cuidar muito mais com o que se diz. Pense nas consequências sociais causadas pelo que você escreve. Boa educação e diplomacia são a regra geral.
  • Seja claro, breve e objetivo – as pessoas recebem muitos e-mails e têm pouco tempo para ler tudo.
  • Use termos adequados no campo “assunto”. Pelo mesmo motivo acima, assim você permite que a pessoa decida se quer ou não ler a sua mensagem ou mesmo ajuda a organizar melhor a sua correspondência eletrônica. Devem ser usados termos que indiquem corretamente qual é o conteúdo da mensagem.
  • Use um formato adequado – cuidados na formatação do texto sempre facilitam a leitura e a compreensão. Use negritos, espaçamento, alinhamento etc.
  • Respeite direitos autorais (copyright).
  • Não divulgue propaganda pela rede.
  • Respeite a privacidade dos outros.
  • Fale, não GRITE! ESCREVER USANDO SOMENTE LETRAS MAIÚSCULAS FAZ IMAGINAR QUE O AUTOR ESTÁ FALANDO EM VOZ ALTA OU GRITANDO.
  • Sorria :-); pisque ;-); chore &-(. Mas só com os amigos! Com seu chefe, nem pensar! Os emoticons(ou smileys) representam nosso estado de ânimo.
  • Não deixe de participar quando tiver algo a dizer, e não diga só por dizer.
  • Responda as mensagens recebidas.
  • Se o conteúdo de sua mensagem for estritamente pessoal e particular, use o correio eletrônico para comunicar-se diretamente com seu interlocutor.
  • Quando mencionar outra mensagem, faça um breve resumo para reavivar a mensagem original na memória do leitor. Pode copiar pequenos trechos, mas não a mensagem toda.
  • Em listas de discussão, leia toda a discussão antes de enviar mensagem, pois alguém já pode ter dito o que você quer dizer.
  • Não envie respostas particulares para as listas de discussão. Se quiser responder para o autor da mensagem em uma lista de discussão, cuide que ao clicar em RESPONDER, o endereço será o da lista.
  • Sempre peça permissão para repassar mensagens com conteúdo privado, respeitando a privacidade dos outros e não esquecendo de mencionar a origem da informação.

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Ao longo dos estudos desta unidade você certamente teve muitas ideias para aplicar na sua prática pedagógica, certo? Selecionamos duas matérias da Revista Nova Escola:

Reportagem aborda estratégias didáticas utilizando diversas tecnologias como blogs, fóruns e chats para tornar as lições de casa mais produtivas e interessantes.
Ensino Fundamental final – Meio Ambiente
Esta proposta, com planejamento para dez aulas, integra o uso de ferramentas de ambientes virtuais, como blogs e fóruns de discussão para trabalhar recursos renováveis e não renováveis.
Lembre-se de aproveitar os recursos do Portal do Professor para buscar mais subsídios para a aplicação desses novos conhecimentos nas suas aulas. No “Espaço de Aula” encontramos vários planos de aula relacionados aos conteúdos que estudamos nesta unidade:
Educação Infantil – Natureza e Sociedade
Em uma proposta integrando cinco aulas os estudantes irão pesquisar sobre os diferentes meios de comunicação a fim de conhecer e compreender a utilização desses diferentes meios. A proposta enfatiza a exploração da Internet como importante e fundamental meio de comunicação do século XXI.
Ensino Fundamental Inicial - Ética
Em duas aulas os estudantes poderão conhecer algumas ferramentas online de comunicação, refletir sobre os pontos positivos e os pontos negativos do diálogo virtual e compartilhar o conhecimento adquirido pela turma sobre o tema estudado com outros alunos da escola e/ou de outras escolas da rede UCA através da criação de fórum de debate virtual.

Ensino Fundamental Inicial – História e Geografia
Em três aulas pretende-se discutir diferentes formas de comunicação utilizadas ao longo da história e a relevância de cada uma delas em diferentes contextos.
Ensino Fundamental Final – Língua Portuguesa
Proposta que integra quatro aulas com o propósito de buscar informações a respeito do fenômeno das redes sociais na Internet; interagir em grupos; expor-se oralmente de maneira adequada; conhecer o funcionamento da rede social Twitter; reconhecer as características da dinamicidade de efeito global proporcionada pela rede social Twitter; criar uma conta no Twitter.
Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental Final – Língua Portuguesa
Nesta aula, os estudantes poderão conhecer o e-mail como gênero discursivo; reconhecer as suas características e origem e produzir uma mensagem para ser transmitida via e-mail.
Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos – Língua Portuguesa.
Aula com o objetivo de desenvolver as seguintes aprendizagens: reconhecer as diferenças de formalidade e informalidade (internetês) na escrita dos e-mails; interagir em grupos; pesquisar na comunidade escolar sobre o uso do internetês; expor-se oralmente de maneira adequada.

Esperamos que os exemplos listados tenham sido inspiradores para você. De qualquer forma, para contemplar seus interesses em conteúdos específicos, é essencial que crie o hábito de frequentar o Portal do Professor e realizar suas próprias buscas e seleções.  

Concluindo
Nesta unidade, aprendemos sobre as ferramentas de comunicação na rede. Aprendemos sobre como elas se estruturam, em que momento usá-las, em que elas se assemelham umas com as outras e com as formas usuais já conhecidas por nós. Analisamos porque elas estão sendo tão importantes para nossa vida pessoal, profissional, para as escolas e para o mundo em geral.
Foi uma unidade longa, com muitos conteúdos, muitos conceitos e muitas habilidades novas. Você vai precisar de tempo para incorporar isso no seu cotidiano. Esperamos que você esteja saindo desta unidade sentindo-se preparado para aprender mais. Deixamos várias referências de leitura, para você continuar seus estudos com bastante proveito.
Pela sua importância e abrangência, estivemos mais tempo estudando a ferramenta e-mail, mas também experimentamos o chat e o fórum. Deixamos as redes sociais para as suas expedições futuras, pois quisemos apenas atiçar sua curiosidade, porque nossos adolescentes e jovens lá estão. Temos que saber do que se trata, não é mesmo? Senão como vamos protegê-los?

É tempo de memorial icone_memorial.png
Após conhecer e estudar sobre as ferramentas de comunicação em rede, registre em seu memorial sobre o aprendizado adquirido nesta unidade, enfatizando a importância dessas ferramentas de comunicação em rede, destacando qual lhe chamou mais a atenção e o porquê. Bom trabalho!

Referências bibliográficas
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