
Unidade 2:
Navegação, pesquisa na internet e segurança na rede
Olá, cursista,
Na Unidade 1, discutimos, refletimos e exercitamos sobre as tecnologias no cotidiano e os desafios à inclusão digital. Nesta Unidade 2, vamos navegar pela rede mundial de computadores! Você já ouviu falar nessa expressão? Em Internet e World Wide Web?
A rede mundial de computadores é uma rede de comunicação de milhões de computadores conectados, mais conhecida como Internet, que oferece inúmeros serviços. Um desses serviços, o mais conhecido, conecta bilhões de páginas publicadas sobre os mais variados temas. Essas páginas são organizadas em Websites. Essa grande teia mundial é conhecida como a Web, termo abreviado da expressão World Wide Web cuja sigla é o conhecido www e sua tradução é exatamente “Teia de Alcance Mundial”.
As vantagens de conectar computadores entre si foram percebidas desde a época dos grandes computadores, quando uma grande empresa ou uma grande universidade tinha apenas um computador que servia a muitos usuários. Quando os microcomputadores chegaram, a necessidade de compartilhar dados, serviços e equipamentos aumentou ainda mais.

Figura 2.01: A Evolução dos Computadores
Então, teve início o processo da construção daquilo que hoje chamamos de Internet. Já que há benefícios de se interligar computadores entre si, por que não ligar redes entre si, formando uma rede de redes? Dessa forma, qualquer pessoa poderá ampliar os recursos que dispõe, pois terá outras possibilidades que o ambiente computacional onde trabalha não oferece. Uma rede de redes é também uma rede, vista sob uma perspectiva maior. Quando falamos, por exemplo, da rede de uma universidade, podemos falar de uma rede que é formada por várias redes. Mas interligar redes entre si deu origem à palavra inter-redes, termo pouco usado em português. Em inglês, se diria internetworkou, abreviadamente, Internet. (FILIPPO; SZTAJNBERG, 1996, p. 09).
Então, como vimos, o termo Internet significa uma “rede de redes”. E é isso que aInternet é, mas, em geral, usamos o termo Internet para nos referir a um dos seus serviços mais importante e conhecido que é o da busca de conteúdo nos websites. Na verdade, a Internet é mais do que isso, ela inclui também a troca de mensagens eletrônicas, as salas de bate-papo, as conferências virtuais com transmissão de vídeos, a busca de programas, músicas e filmes, a utilização de recursos computacionais a distância, os sites de compras e muitas outras coisas mais.
Nesta Unidade 2, vamos nos focar, por enquanto, na busca de informação nos conteúdos dos websites (os outros serviços serão estudados nas próximas unidades). A quantidade de informações disponível na Internet representa um enorme avanço na democratização do acesso, mas ela cria a necessidade de que cuidemos de distinguir o que é de interesse, de qualidade e confiável. Além de saber realizar pesquisas, precisamos saber realizar pesquisas na Internet, utilizando programas de navegação e ferramentas de busca que possibilitam localizar informações e depurar os resultados encontrados, construindo critérios para tal.
Além disso, nesse mar de possibilidades também há muitas armadilhas. Daí os cuidados com a segurança serem primordiais para não sermos surpreendidos por invasões em nossas máquinas e/ou tê-las contaminadas por programas denominados vírus de computador, que podem provocar grandes problemas ao usuário comum e às instituições.
Para navegar bem na Internet, há alguns aspectos importantes que precisamos saber para conseguirmos autonomia como usuários. Temos que conhecer um pouco sobre sua estrutura e seu funcionamento. E por fim, mas não menos importante, há o desafio de aproveitar a magnífica biblioteca virtual na nossa vida cotidiana e na escola. Oportunizar o seu uso por professores, alunos e gestores que poderão utilizar as várias modalidades de serviços da Internet na aprendizagem. Este é o grande desafio de todos nós.
Objetivos de aprendizagem desta Unidade de Estudo e Prática:
Ao final dessa unidade, esperamos que você chegue a:
- • Compreender a estrutura do conteúdo web, habilitando-se a navegar pelaInternet usando software de navegação.
- • Refletir sobre a importância da navegação na Internet na sua vida pessoal e profissional.
- • Identificar alguns procedimentos iniciais de segurança na web.
- • Utilizar recursos básicos e simples para realizar pesquisa na Internet, compreendendo como alguns dos principais mecanismos de busca são estruturados.
- • Reconhecer a importância de orientar seus alunos sobre como utilizar a Internetnos seus processos de aprendizagem (saber como encontrar, atribuir crédito e julgar a relevância das informações encontradas);
Introdução
Estamos cada vez mais rodeados de artefatos, objetos, bens e símbolos que remetem às tecnologias digitais. Os meios de comunicação constantemente divulgam produtos e serviços tecnológicos para facilitar o cotidiano das pessoas, tornando a vida mais confortável, mais confortável, ágil e eficiente. Vivemos na era da tecnologia da informação, também conhecida como Sociedade do Conhecimento.
A história da tecnologia tem início quando os seres humanos começaram a criar e usar ferramentas de caça e de proteção. Inclui, em sua cronologia, o uso dos recursos naturais, porque, para serem criadas, todas as ferramentas necessitaram, antes de qualquer coisa, do uso de algum recurso natural.

Figura 2.02: Tecnologias da pré-história.
A possibilidade de se conectar a computadores em rede e a difusão de informações em larga escala, provocou mudanças significativas nos modos de comunicação, novos modos de letramento, novos gêneros textuais, novos modos de relacionamento, ou seja, afetou grandemente o nosso mundo.

Figura 2.03: Mudanças das interações a partir das TIC.
A Internet funciona como um oceano pelo qual a informação contida em texto, som e imagem pode ser navegada, ou melhor, acessada em qualquer computador conectado a essa rede. É por essa razão que dizemos que navegamos na Internet.
A Internet é, de uma vez e ao mesmo tempo, um mecanismo de disseminação e divulgação mundial da informação e um meio para colaboração e interação entre indivíduos independentemente de sua localização geográfica, desde que haja infraestrutura tecnológica (linhas telefônicas, satélites ou transmissão e recepção via rádio e respectivos computadores e periféricos que captem e decodifiquem as informações).
Vamos navegar?
Navegar na Internet é o ato de passear pela, movendo-se de uma página para outra, seguindo links. Na Internet, há milhões de websites (esse número cresce diariamente) e, às vezes, perde-se tempo precioso procurando pelo site mais completo, pela informação mais bem elaborada.
Mas vamos navegar! Para navegar em um site, precisamos utilizar um tipo de softwarechamado de navegador (em inglês é browser). Há muitos navegadores e dependendo do dispositivo (computador, tablet ou outro) que estivermos usando, precisamos saber qual estará disponível. No Linux Educacional, estão disponíveis os navegadores Mozilla Firefox, Google Chrome, Opera, entre outros. Você pode usar qualquer um deles. Em geral os navegadores são bastante semelhantes, então não importa muito, para quem está começando, usar este ou aquele.
Seu formador irá orientá-lo sobre como proceder para abrir e usar o navegador.
Para ter acesso a um website (site, sítio ou página), precisamos conhecer o seu endereço. Podemos imaginar que cada site é um lugar em uma cidade, e para encontrá-lotemos um endereço com uma organização padrão que inclui bairros, ruas etc.
Na Internet, a localização de um site também acontece a partir de um endereço que segue um determinado padrão. Precisamos conhecê-lo. Mas antes, vamos navegar um pouco, depois vamos tratar mais diretamente desta questão do padrão dos endereços das páginas. Por enquanto, observe com atenção os vários endereços que vamos visitar.
Atividade 2.1


Navegação sugerida
Vamos começar tomando como exemplo um conteúdo que está localizado na página do Ministério de Educação. Este é um lugar importante para nós na web. Então, vamos lá, naveguem à vontade.
Acesse o endereço: http://portaldoprofessor.mec.gov.br

Figura 2.04: Campo para digitar o endereço eletrônico.
Você acessou o site do Portal do Professor.
Esse é o seu Portal professor! Além de muitas informações em formato de textos, vídeos etc. é uma grande rede de aprendizagem. Busca contemplar a diversidade educacional brasileira com suas ideias, propostas e sugestões metodológicas sobre o uso dos recursos multimídia e das ferramentas digitais. Seu objetivo central é que se constitua em um espaço de construção cooperativa e colaborativa a partir das contribuições dos educadores do País. Portanto, a nossa participação é fundamental para dar continuidade à construção desta rede.

Figura 2.05: Página inicial do portal do professor
Agora que acessou o site do Portal do Professor e já conhece o seu objetivo central, vamos navegar e conhecer suas ferramentas e possibilidades. Identifique os links propostos.
Notou que o apontador deixa de ter o formato de uma seta e passa a ser uma mãozinha quando é colocado nas palavras sublinhadas ou imagens? Isso significa que naquele local existe uma ligação para outro texto. São os chamados links.

Figura 2.06: Tipos de apontadores
Você deve ter percebido que à medida que o mouse é direcionado, as imagens se movimentam. Esse recurso possibilita mobilidade e dinamicidade a este espaço. E isso está diretamente vinculado com a concepção do Portal do Professor! Que links estão disponibilizados?
Há vários links (ícones) disponibilizados na tela inicial do Portal do Professor. Cada um deles tem um objetivo e uma intencionalidade. São eles: Espaço de Aula, Jornal do Professor, Recursos Educacionais, Cursos e materiais, Interação e comunicação e links. Vamos navegar? Leve o apontador até a imagem da ferramenta disponibilizada. Veja no vídeo a seguir como navegar no portal do professor.
Vídeo 2.01 - Jornal do Professor
Muita informação e possibilidades? É só o começo. Sugerimos o acesso a outros sitesimportantes, como:
Este é o site da TV Escola, a televisão pública do Ministério da Educação destinada aos professores e educadores brasileiros, aos alunos e a todos interessados em aprender.
Esse é o site em português da Biblioteca Digital Mundial, que disponibiliza online naInternet, gratuitamente e em formato multilíngue, importantes fontes provenientes de países e culturas de todo o mundo.
Outro portal muito importante é o “Portal Domínio Público”, lançado em novembro de 2004 coloca, de forma livre e gratuita, à disposição de todos os usuários da rede mundial de computadores – Internet –, uma biblioteca virtual que é referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral. Assim, incentiva o aprendizado, a inovação e a cooperação entre os geradores de conteúdo e seus usuários.
Este site, que está em inglês, apresenta uma linha do tempo interativa na sua parte inferior que permite a visualização do crescimento de usuários da Internet no mundo todo na década entre 1998 e 2008, na forma de um mapa diagramático.
Veja, em seguida, os endereços de alguns jornais online:

Ao navegar na Internet, estamos lendo um hipertexto. Hipertexto? Sim! Na Internetnavegamos sobre (ou lemos) hipertextos.
Mas, o que é um hipertexto? Como o próprio nome diz, é algo que está em uma posição superior à do texto, que vai além do texto. Dentro do hipertexto existem vários links, que permitem tecer o caminho para outras janelas, conectando algumas expressões com novos textos, fazendo com que estes se distanciem da linearidade da página e se pareçam mais com uma rede. Na Internet, cada site é um hipertexto – clicando em certas palavras vamos para novos trechos, e vamos construindo, nós mesmos, uma espécie de texto.” (RAMAL, 2000. p.23).
É importante compreender melhor o conceito de hipertexto – assista à animação:“Texto, hipertexto e web”.
Atividade 2.2


Navegando livremente
Você já havia navegado pela Internet antes? Caso tenha navegado, pedimos que você registre no seu Memorial as dificuldades e desafios enfrentados. E nos casos negativos, registre os motivos da dificuldade de acesso e que expectativas você tinha sobre como deveria ser a experiência de navegar na Internet.
Registre também se há algum site que você gostaria de visitar e se você conhece o endereço dele.
Então, que tal visitar agora estes sites?! Se você não souber o endereço, seu formador poderá lhe ajudar a encontrar.
Ao final, discutam sobre a experiência de navegar livremente. Compartilhem o que encontraram de bacana. Dificuldades? Registrem as conclusões no seu memorial.

Lendo um endereço web
Para compreender o padrão dos endereços na web, vamos retomar alguns dos endereços visitados:
Olhando os quatro, assim juntos, fica fácil perceber que há um padrão. Vamos tomar o mais extenso dos endereços acima para examinar melhor. Podemos, nele, distinguir alguns elementos. Indicamos na figura abaixo o significado de cada um deles:

Figura 2.07: Elementos de um endereço de web
http:// – é um elemento obrigatório na formação do endereço. Esse conjunto de letras indica o protocolo de identificação para transferência de documentos na Internet, a sigla http indica que estamos buscando um documento no formato de hipertexto;
www.dominiopublico.gov.br – o segundo elemento do endereço, também obrigatório, é a sua parte principal. Indica o domínio onde este conteúdo deve ser localizado. Este domínio aponta uma rota para busca na rede Internet, ou seja, aponta para um ou mais computadores onde o conteúdo poderá ser encontrado. É formado de partes separadas por pontos. Observando-o melhor, podemos compreender qual a origem institucional deste domínio (site):
www– indica que o endereço está na World Wide Web (muitos endereços já prescindem do uso desta sigla);
mec – é o nome principal do domínio do site;
gov– é o código para sites de instituições governamentais;
br – é o código para sites registrados no Brasil.
OBS.: Os sites registrados em outros países terão outras terminações (pt – Portugal, ar – Argentina etc.). Os Estados Unidos organizaram a Internet, por isso é o único País que não usa sigla identificadora em seus sites e endereços eletrônicos.
Quando os endereços terminam logo após o código identificador do País significa que estamos acessando a página principal, a porta de entrada daquele site. O exemplo que destacamos apresenta após esse código:
/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp
Aqui na primeira parte /Pesquisa está indicada uma pasta ou local específico já interno ao disco rígido do computador que hospeda a página. A segunda parte localiza um arquivo específico chamado /PesquisaObraForm.jsp
Compreendendo um pouco mais sobre a Rede
Agora que já entendemos o padrão de formação do endereço de uma página web, sugerimos uma olhada sobre a estrutura da rede Internet como um todo. Cada endereço na Internet é também chamado de URL, Uniform Resource Locator. É a forma padrão de especificar o endereço de qualquer recurso, site ou arquivo existente em um servidor daInternet. Ah! Precisamos falar também sobre o que é um servidor da Internet.
Quando estamos usando redes de computadores, podemos entender que requisitamos serviços do mesmo modo que fazemos em um guichê de uma repartição de serviços públicos. O acesso a uma página, a pesquisa por um conteúdo, o envio de uma mensagem, a própria conexão à rede, são tipos de serviços prestados. Por isso, a metáfora da relação entre cliente/servidor foi transportada para a rede. Temos na Internetcomputadores que são clientes, ou seja, são aptos a requisitar serviços para outros computadores que são os fornecedores, ou servidores, destes mesmos serviços. Os computadores clientes ou servidores são fisicamente similares, os softwares ou programas que neles rodam é que são distintos.
Quando um computador cliente recebe do seu usuário a instrução do pedido de um serviço, ele se comunica com um programa específico no computador servidor. Os servidores devem estar à espera dos pedidos, por isso ficam ininterruptamente onlineexecutando seus programas. O serviço após ser executado pelo servidor fornece uma resposta que é enviada pela rede para o computador cliente. A figura abaixo representa este fluxo:

Figura 2.08 – Esquema do modelo de rede Cliente/Servidor. Fonte: Adaptado de Fillipo e Sztajnberg.
Nesse momento você verá uma animação: Como fazer um download para compreender como acontece o processo de download de um arquivo na rede que lhe ajudará a entender o modelo cliente/Servidor.
Vamos entender no nosso exemplo de navegação web. Quando acionamos a teclaENTER após a digitação do endereço no nosso browser ou navegador, encaminhamos um pedido ao computador que responde pelo domínio especificado em nosso endereço, para que ele nos envie o conteúdo da página que solicitamos. O servidor então reconhece o pedido e envia essa informação para que a vejamos na tela do nosso computador.
Note que se este computador servidor estiver fisicamente localizado na Austrália ou aqui na sala ao lado, talvez nem notemos a diferença. Tudo vai depender da velocidade de transmissão e do tráfego da informação na rede.
É bom também entendermos um pouco como se dá esse tráfego na rede. Há vários computadores que ficam todo o tempo monitorando e direcionando os pacotes de informação que levam os pedidos e suas respostas para que cheguem aos endereços corretos (são como os funcionários de uma companhia de correios que ficam distribuindo e levando as cartas de um lado para outro).
Ok! Mas por onde viajam essas informações? Como um arquivo é transportado em tempo tão pequeno por grandes distâncias pelo mundo afora?
"Ora, como não temos de saber como as várias centrais telefônicas estão interligadas para conversar por telefone com uma pessoa no Japão, também não é necessário saber como estão interligadas as diversas redes de computadores para usufruir dos serviços oferecidos por elas. Em termos físicos, podemos utilizar fibra ótica, ondas de rádio, linhas telefônicas comuns e até satélite, sem nem saber disto. Entretanto, saber pelo menos como estão ligadas às instituições de seu próprio estado ou país é importante para que nos situemos no ambiente onde estamos trabalhando.” (FILIPPO; SZTAJNBERG, 1996, p.13).
Dois sites importantes para nos ajudar a entender melhor as afirmações acima são:
O site da RNP – Rede Nacional de Pesquisa – que conecta todas as unidades de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia, as instituições federais de ensino superior e as agências do MEC e do MCT:
O site do Cômite Gestor da Internet no Brasil – entidade que congrega membros do governo, do setor empresarial, do terceiro setor e da comunidade acadêmica, e é responsável pelas decisões envolvendo a implantação, administração e uso da redeInternet no País:
Apenas para que você tenha uma visão geral das linhas de transmissão de dados que formam a espinha dorsal (também chamada de backbone) da Rede Nacional de Pesquisa no Brasil, convidamos você a visitar o endereço http://www.rnp.br/backbone/index.php. Observe como se organiza essa rede, analisando as principais conexões ou vias de tráfego de informação: quais são os lugares conectados com as linhas mais robustas? Qual o sentido você percebe para esse fato e quais as suas consequências?

Figura 2.09: Principais conexões ou vias de tráfego de informação da rede IP
Atividade 2.3



Compreendendo a estrutura dos Sites da Internet
Vamos exercitar nossa compreensão sobre a estrutura dos endereços de Internet.
Observe os exemplos dos endereços dos sites a seguir:
www.cade.com.br – Cadê, site comercial (.com) localizado no Brasil (.br).
www.linux.org – Linux, site dedicado ao sistema operacional Linux, de uma organização nãogovernamental (.org).
www.ufcg.edu.br – Portal da universidade federal de Campina Grande. O (.edu) designa que é uma instituição educacional.
Agora, faça o mesmo para os seguintes endereços (pergunte ao seu formador como usar as teclas Ctrl+C e Ctrl+v para fazer esta atividade sem precisar digitar a imenso endereço aí abaixo no navegador):
Imagine como deve ser o endereço web do Banco do Brasil. Escreva-o e experimente para ver se está correto. Digite-o no navegador e tente localizá-lo. Faça o mesmo para:
- •a Fundação Ayrton Senna;
- •a Universidade Federal do Ceará;
- •a Organização não governamental Green Peace.
Tente o endereço de outra instituição conhecida sua e que você imagina que deva ter um site. Não conseguiu descobrir algum endereço? Aguarde, já vamos descobrir uma maneira de encontrá-los.

Antes o mundo era pequeno. Como era o mundo antes da Internet? Ainda nos lembramos disto. Hoje em dia mesmo os que não usam a Internet, estão sofrendo os seus efeitos talvez mesmo sem perceber. Notem que mesmo a grande crise da economia, a que fomos lançados no final do ano 2008, não teria acontecido se aInternet não estivesse sendo usada como suporte para as operações do sistema financeiro global. Por isso, é importante pensarmos um pouco neste mundo com e sem Internet. Ok! Mas a Internet depende muito da informação que está em forma de texto. E se formos mais longe, perguntando: como era o mundo sem o texto, sem a escrita, o mundo das narrativas orais?
Para analisar essa questão, apresentaremos, a seguir, uma breve síntese do texto de Andrea Cecília Ramal (2000). O texto vai nos ajudar a compreender melhor o papel daInternet na escola, mas passando pela análise de como era o mundo antes da escrita. Segundo essa autora, no mundo antes da escrita, quando apenas havia a oralidade “o saber e a inteligência praticamente se identificavam com a memória, em especial a auditiva; o mito funcionava como estratégia para garantir a preservação de crenças e valores” Segundo Ramal (2000, p. 21), era um mundo onde a transmissão dos conhecimentos dependia da memória dos sujeitos, então o conhecimento era subjetivo.
A escrita permitiu maior objetivação das ideias, do conhecimento, deixando de depender exclusivamente do poder de memorização dos sujeitos. Dessa forma, as ideias e conhecimentos registrados nos livros puderam ser tomados como objetos a ser conhecidos independentemente de quem o escreveu, muito embora o diálogo que o leitor estabelece com o texto sempre dependerá do contexto. Conforme foi abordado o conceito de polifonia na Unidade I.

Figura 2.10: Primeiros registros da escrita.
A escrita nos ajudou, assim, a “tecer, linha após linha, as páginas da História [...] A memória de uma cultura já não cabe apenas no conto: ela é constituída de documentos, vestígios, registros históricos, datas e arquivos. Tudo passa a ser inscrito numa cronologia.” (RAMAL, 2000, p. 22). O livro ou o texto não precisam mais dos sujeitos como mediadores ou intérpretes. O livro quer falar por si mesmo. Percebemos isso perfeitamente na relação da escola com o livro: “cabe ao aluno-leitor descobrir o que o autor quis dizer, evitando a recriação, entendida como desvio do sentido original e puro” (RAMAL, 2000, p. 22). Sendo assim, a nossa escola que é muito baseada na escrita está confinada a buscar o sentido para os textos que, a cada momento, lhe dão suporte. E, assim como a leitura se dá numa única direção, linear, o significado do texto também é pressuposto como único.
Andrea Cecília Ramal nos chama atenção também para o fato de que as novas formas de leitura e escrita, que o hipertexto da Internet possibilita, servem como mediação para atingirmos novas formas de pensar e aprender.
Mas por que o hipertexto nos possibilita novas formas de ensinar e aprender? Primeiramente, porque temos múltiplas possibilidades para direcionar nossa leitura. Nossa leitura deixa de ser linear. Mas há ainda outra razão! Diferentemente do seu início, quando a web permitia apenas a leitura das informações ali contidas, com a evolução das tecnologias digitais, hoje é possível ir muito além da leitura. Podemos deixar comentários, enviar dados, construir nossas próprias páginas, enfim além de ler, podemos passar a ser lidos e comentados. Então, passamos também a ser autores, e podemos fazer isso na mesma página junto com outras pessoas. Assim, o conteúdo de uma página web pode passar a ser resultado da negociação entre vários autores, em uma verdadeira construção coletiva (sujeito coletivo).
Por isso, conclui a autora que a lógica hipertexto subverte a lógica dos textos (e por consequência, a estrutura atual da escola que se baseia nesses textos) em vários sentidos:
- •em relação ao monologismo do significado único, como já dissemos;
- •na assimetria entre autor e leitor, pois podemos sempre reeditar o texto digital e republicá-lo;
- •com relação à linearidade da sua leitura, podemos criar o nosso percurso de leitura;
- •com relação à forma, ele traz a possibilidade de articular imagens, palavras e sons (ele transforma também as condições em que a oralidade se dá, criando uma possibilidade de junção entre fala e escrita);
- •na hierarquia interna do texto, através do papel de destaque que as imagens e o som assumem.
“Imagem e som ganham o status de “linguagem” e, portanto, invadem o espaço do significante escrito para tornar-se, também elas, novos textos, concebidos com diferentes modelos e igualmente relevantes para a comunicação social. A imagem disponibilizada na Internet e acessada pelo aluno passa a ser também mediadora para o conhecimento do mundo.” (RAMAL, 2000, p. 27).
Há um aspecto em que a autora destaca e analisa o “livro de rolo, que não permitia ler, comparar e fazer anotações ao mesmo tempo, já que o leitor devia segurá-lo com ambas as mãos para poder correr o texto, ao livro encadernado, que permite virar as páginas, mas sempre em sequência, uma após outra, passamos a um texto totalmente maleável... trata-se de outro tipo de materialidade. Muda a relação com o objeto: o texto não é mais algo palpável, mas feito de bites, e ocupam um espaço difícil de definir ou imaginar.

Figura 2.11: Tranformações dos modos de escrita e leitura.
Maria C. Ramal termina seu texto nos chamando para uma reflexão: “O que muda na alfabetização, no letramento, nos processos educacionais de internalização das formas comunicacionais nesta cultura digital? Parece-me que as rupturas são tão radicais que exigirão um repensar de alguns dos elementos básicos da escola.” (RAMAL, 2000, p.27).
A autora, citando apenas alguns deles, nos pede para rever desde os nossos referenciais teóricos, até nossos currículos com sua linearidade. Os conteúdos não poderão mais ser percorridos como as páginas de um livro. A autora alerta também que, inclusive, as relações de poder dentro da escola estão sendo reconstruídas pois,
“pela primeira vez na história, a tecnologia da dominação é mais conhecida pelo “dominado”. Em outros termos: até hoje o professor trazia o saber, a norma culta, a escrita “correta”, para os nãoletrados... Hoje, ocorre um paradoxo: aquele a ser educado é o que melhor domina os instrumentos simbólicos do poder, o aparato de maior prestígio: as tecnologias.” (RAMAL, 2000, p.28).
Por fim, temos a sinalização de que precisamos reinventar a nossa profissão e nosso papel como educadores (a autora nos dá boas dicas de como) a partir da construção de uma pedagogia intercultural. Nessa pedagogia, “a escola da cibercultura pode tornar-se o espaço de todas as vozes, todas as falas e todos os textos. O desafio mais instigante é o do professor, que pode finalmente reinventar-se como alguém que vem dialogar e criar as condições necessárias para que todas as vozes sejam ouvidas e cresçam juntas.” (RAMAL,2000, p. 29).
Para Refletir:

As reflexões apresentadas no texto anterior são muitas e diversas. Que tal constituir um grupo de professores e gestores escolares, incluindo também os funcionários da escola e os alunos, para discutir esta temática? Outra sugestão é convidar para a discussão o Conselho Escolar. Será um bom espaço democrático de discussões, reflexões e participação cooperativa e colaborativa. Nessa discussão, você pode disponibilizar o texto na íntegra, acessado na Internet, conforme referência acima. Converse com o seu formador sobre essa possibilidade. Ele é o seu parceiro nesta caminhada e com você pode construir percursos e trajetórias. Use a criatividade e bom trabalho! Depois, registre os resultados dessa experiência.
Pesquisar na Internet:
Até aqui mencionamos que a Internet vem influenciando a maneira das pessoas trocarem informações, conversar, comunicar, buscar informação etc. De forma semelhante à criação da imprensa por Gutenberg, a Internet causou uma revolução em nossa sociedade.

Figura 2.12: Formas de disseminar conhecimento ao longo do tempo
Telégrafo, rádio, telefone, televisão – todas essas tecnologias contribuíram para tornar a transmissão da informação e a comunicação mais rápidas, mas é a Internet que vem roubando a cena quando os assuntos são referentes ao acesso rápido a qualquer tipo de informação e a velocidade da informação e comunicação.
Entretanto, os benefícios dependerão da qualidade de uso dessa tecnologia. É comum que iniciantes se sintam perdidos ao navegar no gigantesco “mar de informações” daInternet. Portanto, como educador é importante apropriar-se dessas tecnologias para orientar os alunos crítica e criativamente, mas, sobretudo, para a seleção das informações e para as possibilidades de interação, produção e publicação. Para tornar sua experiência agradável e produtiva, aproveite as orientações que apresentaremos nas próximas seções!
Como encontrar qualquer informação nessa montanha de dados?
Conforme já mencionamos, a Internet é uma rede que conecta outras redes do mundo inteiro, ou seja, a quantidade de informações e recursos presentes nelaé enorme e crescente. Compreendendo essa ideia, fica fácil entender porque são necessárias ferramentas que nos permitem localizar informações na Internet,as chamadas ferramentas de busca ou buscadores.
Existem excelentes ferramentas de busca na Internet, no entanto, hoje, para muitos, sinônimo de pesquisar na Internet é navegar no Google (http://www.google.com.br).Isso porque até hoje nenhum dos outros sites de busca conseguiu ser tão eficiente quanto oGoogle.
Em se tratando de Internet, qualquer coisa que afirmemos tende a ser verdade por muito pouco tempo. Então, como vai decorrer algum tempo entre o momento que escrevemos isto e o momento em que você irá ler, talvez esta afirmação precise ser verificada.
Se a informação existe na Internet, sempre será possível encontrá-la com o Google, mesmo que o assunto seja complexo ou desconhecido. Para tanto, basta utilizar as opções de busca corretas dentre as disponíveis para realizar a pesquisa.
Começando a pesquisar
Vídeo 2.02 - Começando a Pesquisar
Atividade 2.4




Pesquisando e compartilhando em grupo
Com os conhecimentos adquiridos neste módulo você e seu grupo poderão dar continuidade ao projeto integrado de aprendizagem.
Nossa proposta de atividade é que você aproveite as dicas já apresentadas, bem como as demais orientações dos materiais complementares e busque novas fontes para qualificar ainda mais o seu projeto.
Por fim, compartilhem as descobertas com toda turma! Para isso, basta postar uma mensagem no fórum, complementando a postagem inicial, aquela na qual vocês apresentaram a proposta de projeto.
Nossos alunos pesquisando na Internet: navegando sem naufragar.
É importante discutir como usar a Internet no processo de aprendizagem, afinal de contas hoje o mundo cabe na telinha do computador. Gilberto Gil, na sua música “Parabolicamará”, já nos lembrava que nosso mundo fica maior quanto mais estivermos conectados. A Internet está entrando na sala de aula e junto ela traz o mundo.
Como assim? Internet na sala de aula da Escola Pública? Não! Não estamos falando dos telefones celulares dos alunos. Nem estamos falando dos laboratórios de informática com acesso à Internet. Já há outras tecnologias chegando à sala de aula das escolas públicas. Programas governamentais estão disponibilizando tablets e laptops para os alunos de muitas escolas. Ainda, há o projeto Proinfo, outro projeto do Governo Federal, que permite o acesso à web dentro da própria sala de aula (se ali houver acesso à rede, senão sempre se pode trazer o conteúdo em um pendrive), que já chegou há milhares de escolas no País.
Na própria sala de aula, no laboratório de informática, nos seus telefones celulares, nas suas casas, nas lanhouses, o certo é que muitos alunos já tem acesso à Internet, e nos cabe refletir como utilizar esse recurso fantástico na sua aprendizagem. Ou de modo mais específico: “como orientar nossos alunos nas suas pesquisas na Internet?”
Como é que orientávamos as pesquisas na biblioteca? Na enciclopédia? O que muda na web?

Figura 2.13: Biblioteca e web, o que muda?
Com certeza, na web o acesso às informações é mais rápido e muito mais diverso. Mas é também muito mais complexo. Já as pesquisas na biblioteca estão restritas às poucas fontes ali disponíveis. Um roteiro de trabalho de pesquisa feito apenas com uso de livros consiste basicamente da definição de um tema (o que é em geral feito pelo professor) seguido da indicação de algumas referências. Os alunos, então, precisam ler o material indicado, fazer algum tipo de síntese (resumos em geral) e (ou) responder às perguntas que o professor indicou.
Notem que esses tipos de trabalhos escolares não chegam a definir problemas genuínos de pesquisa, uma vez que as perguntas por melhor elaboradas que sejam tratam apenas de garantir que os materiais lidos sejam compreendidos. Por exemplo, pede-se aos alunos uma pesquisa sobre ervas medicinais. Mas o que exatamente pesquisar a respeito de ervas medicinais não precisa ser explicitado para o grupo, pois não é necessário, uma vez que ele vai pesquisar o que está nos materiais que foram selecionados pelo professor. Então, o que se pesquisa é o que está nos livros disponíveis. Desse modo, a escolha do tema e as perguntas que o professor formula são limitadas pelos materiais aos quais se tem acesso. Você concorda?
E se assim é, também não faz muito sentido perguntar: por que pesquisar tais assuntos? Uma vez que havendo poucas fontes de pesquisa, só nos será dado saber o que lá está. O sentido do texto está no próprio texto! Não temos muitas escolhas. Estaria aí o que Ramal (2000) quis dizer quando mencionou o fato do livro tender a ser monológico e não dialógico.
Agora vamos tentar imaginar o que aconteceria com nossos alunos se orientássemos da mesma maneira em uma pesquisa na web. Vamos lá! Pedimos a eles que façam uma pesquisa sobre “ervas medicinais”. Entrando, com estas palavras no campo de busca dosite do Google, encontramos 537.000 resultados. E agora? O que é mesmo que queremos indicar que nossos alunos leiam? É fácil perceber que na web não basta mais indicar um tema abrangente pedindo aos alunos que vão para a página do Google fazer a pesquisa. Agora é preciso construir com os alunos mais clareza sobre o que se deseja pesquisar. Além dos dispositivos de busca avançada, o próprio site do Google nos ajuda a ter mais clareza sugerindo alguns refinamentos possíveis para a nossa busca (sempre ao final da página ).
Ou seja, a multiplicidade das fontes que a web disponibiliza exige de nós educadores uma postura mais protagonista no planejamento pedagógico – precisamos refinar e detalhar melhor as nossas intenções de pesquisa – o que vai requerer que tornemos muito mais claros e definidos nossos objetivos e expectativas de aprendizagem. Que bom, não?! Temos muito mais liberdade (e obviamente, mais responsabilidades).
Isso tudo qualifica a aprendizagem dos alunos (e nossa também!). Afinal, ao promover mais autonomia na definição do planejamento (e dos conteúdos curriculares), mais intencionalidade, mais espaço para estabelecer relações e análises comparativas entre as perspectivas conflitantes de diferentes autores, mais se promove as características de uma educação crítica e emancipatória.
A diversidade de fontes é tanta, que permite muito mais liberdade para os nossos alunos decidirem sobre o que realmente querem pesquisar. Assim,em vez de apenas propor temáticas vagas para a pesquisa escolar, podemos chegar muito mais próximo de um verdadeiro processo de pesquisa, ao permitir e incentivar que as pesquisas escolares se desenvolvam sobre problemas reais da sua comunidade ou dúvidas genuínas dos alunos. Podemos fazer para nossos alunos algumas perguntas singelas e revolucionárias: o que você(s) deseja(m) pesquisar? Qual é a pergunta (a dúvida) da pesquisa de vocês? Dessa maneira, eles se transformam em protagonistas da sua aprendizagem. Mas ainda outras duas perguntas fundamentais podem ser feitas: por que vocês desejam saber isto? E, o que vocês já sabem a respeito? Com essas perguntas, conduzimos para um pensar mais crítico, reflexivo e autônomo, e restituímos a legitimidade dos alunos como sujeitos do seu próprio processo de busca pelo saber. E isso não é tudo que queremos? Sim! Sim! Queremos isso e mais, muito mais para os nossos alunos.
Então, vamos lá, como seria a pesquisa sobre “ervas medicinais” em tempos de web:
Primeiramente, o tema deveria virar um problema de pesquisa (antes ainda, o próprio tema poderia/deveria ter sido escolhido com a participação dos alunos – ou eles mesmos poderiam ter escolhido o que pesquisar livremente). Agora, quando o tema é definido pelo professor é necessário que também se pergunte: por que esse tema e não outro? Qual é a importância desse tema para os alunos e para a comunidade da qual eles fazem parte? Ao fazermos essas perguntas antes de definir o tema de estudo/pesquisa, podemos potencializar o caráter emancipatório e conscientemente político da educação, pois estaremos em busca de temáticas que sejam de fato importantes não apenas para seus alunos, mas para a conscientização de toda comunidade da qual o aluno faz parte.
Para virar um problema de pesquisa, é preciso responder às perguntas feitas acima:
O que você(s) deseja(m) pesquisar? Qual é a pergunta (a dúvida) da pesquisa de vocês?
Porque vocês desejam saber isto?
E, o que vocês já sabem a respeito? Onde e como aprenderam?
Depois se deve começar a busca por respostas. Onde encontrá-las? O Google pode ajudar. Mas como usar bem o Google? Será preciso ajudar e orientar os alunos na busca. Propor e detalhar junto com eles palavras-chave relevantes para a busca; sugerir alguns endereços para que eles as iniciem e criar um espaço onde todos possam trocar sugestões de referências e compartilhar as descobertas feitas.
Construa com o grupo critérios para definir a credibilidade das fontes de pesquisa encontradas (discutiremos isto brevemente mais adiante nesta unidade).
Se houver vários projetos de pesquisa na turma, pode-se criar um momento em que cada grupo apresente o seu projeto de modo a que toda a turma possa colaborar com o que sabe.
Encontradas as informações – é importante que se aprenda e selecionar e organizar a informação relevante – alguns sites são mais completos, outros tem mais credibilidade – quais informações utilizar e como sintetizá-las. Essa é uma etapa que exige mediação e atenção. Além de usar a barra de favoritos, uma dica bacana é usar um editor de textos e ir copiando da Internet e colando aqueles conteúdos que forem selecionados como relevantes, é claro que mantendo as referências aos sites, para depois dar os devidos créditos aos autores.
Enfim... estas são algumas dicas que podem tornar mais profícuas as pesquisas escolares com o uso da web.
Perceba que no caso exemplificado anteriormente já há um tema escolhido a partir do qual se buscará o interesse dos alunos – por exemplo, “ervas medicinais”. Entretanto, essa temática poderia ter um caráter mais emancipatório caso fosse problematizada com questões do tipo:
Que aspectos do estudo do tema são importantes para a comunidade da qual a escola faz parte? Por quê? Como essa compreensão poderá trazer uma atuação mais crítica e convivencial?
Atividade 2.5



Amigo Secreto Virtual
A ideia, agora, é fazer um amigo secreto virtual – Seu(ua) formador(a) vai organizar um sorteio entre os grupos do PIA. Vocês devem analisar a proposta de projeto do seu grupo amigo secreto e devem encontrar na Internet algum material que possa servir ao propósito da pesquisa do seu grupo de amigos secretos. Vocês devem, então, colocar o endereço do site numa mensagem do fórum da turma – explicando porque vocês consideraram que o conteúdo daquele site pode interessar ao grupo.

Navegue com segurança!
Neste momento, você provavelmente já está empolgado(a) navegando pelos diferentes tipos de sites educativos sugeridos e descobrindo os inúmeros benefícios que o uso da rede Internet pode lhe proporcionar. Ficamos felizes com seu entusiasmo!
E, para garantir que você “caia na rede” apenas no bom sentido, consideramos pertinente abordar questões de segurança no uso da Internet.
Provavelmente, você já tenha ouvido falar de vírus, fraudes, crimes online, invasão de sistemas etc. Sim, infelizmente, esses e outros problemas realmente existem. Mas, você não precisa se intimidar por causa disso. Da mesma forma que aprendemos a lidar com ações maliciosas e com a violência no dia a dia, também podemos aprender a nos cuidar na Internet! Para isso, é necessário estar bem informado(a). Assim, estruturamos uma síntese dos principais aspectos para os quais você deve estar alerta, bem como dicas e estratégias básicas para navegar com segurança.
Segurança da informação e do computador:

Figura 2.14: Navegação segura na web.
Inicialmente, vamos abordar uma dimensão de risco bastante comentada entre os usuários de computador – OS VÍRUS. Você sabe o que é um vírus de computador?
Todas as atividades que realizamos em um computador dependem de um programa. O editor de textos, por exemplo, é um programa que transforma o computador em uma poderosa máquina de escrever. Programas de correio eletrônico fazem com que o computador seja capaz de enviar e receber mensagens, usando a Internet.
Os vírus de computador também são programas, só que em vez de ajudar e facilitar o uso do computador, eles atrapalham – e muito!!!
Em diversos aspectos, um vírus de computador se parece com um vírus biológico. Do mesmo modo que os vírus que infectam seres humanos e animais se espalham nos seus corpos, os vírus de computador infectam programas, se espalham rapidamente e danificam o funcionamento das máquinas.
O computador pode pegar um vírus quando você faz download ; de um arquivo infectado da Internet ou quando abre um arquivo de um disquete, de um memorycard oupen drive. Depois que o vírus estiver integrado aos arquivos do seu computador, poderá começar imediatamente a danificar ou destruir informações que você guardou nele. Outra possibilidade é que o vírus espere uma data para iniciar sua atividade, e aí destruir as informações que você tem no computador.
Cabe aqui tranquiliza-lo(a), dizendo que o sistema operacional Linux é muito seguro. Ainda assim, você pode ter arquivos infectados que irão se manifestar, caso sejam utilizados em outros computadores com sistemas operacionais como o Windows, que são mais vulneráveis. Desta forma, é importante que você também saiba se proteger dos vírus!
Como as vacinas que nos protegem contra vírus biológicos, os programas antivírus protegem os computadores da ação de vírus, e demais programas maliciosos conhecidos e até de alguns desconhecidos.

Figura 2.15: Programas Antivírus
O antivírus é um programa que vasculha os arquivos dos computadores procurando vírus. Quando encontra, sugere o que devemos fazer para eliminar o problema e, se for possível, o que fazer para recuperar nossas informações que tenham sido estragadas ou apagadas pelo invasor.
Existem muitos programas de antivírus disponíveis na Internet para download.
Os programas antivírus são importantes auxiliares na segurança de um computador. No entanto, a atitude descuidada do usuário é a maior responsável pelas infestações. Como diz o ditado popular “é melhor prevenir do que remediar”, sugerimos algumas estratégias para evitar riscos:
Fique atento aos sites que visita e, ao notar modificações no funcionamento do seu computador, procure ajuda especializada.
Quando estiver usando e-mails, procure não abrir mensagens e arquivos anexos de desconhecidos.
Quando você estiver navegando na Internet, é importante não baixar arquivos de sitesnão confiáveis.
Realize cópias de informações importantes em CDs, DVDs, pen drives ou outras formas de armazenamento. Cópias de segurança são importantes, não só para se recuperar de eventuais falhas, mas também das consequências de uma possível infecção por vírus.
Segurança pessoal e de seus alunos
Em primeiro lugar, salientamos que a Internet é um espaço de grande liberdade de atuação, ou seja, qualquer pessoa pode divulgar praticamente qualquer conteúdo online. Desta forma, ao navegar na web, um dos cuidados mais simples e importantes que devemos ter é na observação da confiabilidade das informações que estamos acessando. Para isso, ao acessar um site, procure identificar:
- •quem são os autores da informação;
- •qual a formação, especialização, autoridade na área, das pessoas responsáveis pela página;
- •quando as informações foram publicadas e se estão atualizadas.
Outra dica, ainda acerca da confiabilidade das informações, se refere ao tipo de página acessada.
Nesta Unidade, você aprendeu a identificar as URLs ou endereços dos sites naInternet, lembra? Ao navegar, fique atento aos endereços para analisar em que tipo de página você está. Esse conhecimento será útil por diversos motivos, por exemplo, para realizar uma pesquisa acadêmica é recomendável obter informações de instituições educacionais, governamentais, ou demais entidades reconhecidas na área de interesse. A análise do endereço possibilita que você evite, ainda, problemas mais sérios como ser “fisgado” por páginas falsas, problema conhecido como phishing.
Outra dica referente à análise dos endereços das páginas é útil especialmente para operações mais arriscadas como compras online e acesso a bancos. O endereço deve começar com https://, onde o s antes do sinal de dois-pontos indica que o endereço em questão é de um site com conexão segura. A Figura 2.15 apresenta o primeiro item, indicando uma conexão segura. O segundo item a ser visualizado corresponde a algum desenho ou sinal, também salientando que a conexão é segura. Conforme ilustra a Figura 2.15, o desenho mais adotado nos navegadores recentes é de um “cadeado fechado”, apresentado na barra de status, na parte inferior da janela dobrowser (se o cadeado estiver aberto, a conexão não é segura).
Fonte: Cartilha de Segurança para a Internet – Parte IV: Fraudes na Internet, Comitê Gestor da Internet no Brasil. Disponível na Internet: http://cartilha.cert.br.

Figura 2.16: Conexão Segura no Site da Caixa Econômica Federal
Atividade 2.6



Adivinhe e avalie o endereço web
Agora vamos desenvolver sua atenção aos endereços web através de um jogo. Cada grupo vai receber uma lista de endereços do seu formador e deverá descobrir apenas lendo o endereço a que tipo de instituição pertence (se não conseguirem – podem usar o navegador e acessar o site para identificar). Depois devem avaliar a credibilidade das informações e serviços ali contidas.

Outra dimensão de segurança bastante relevante, especialmente em relação aos seus alunos, se refere aos cuidados ao interagir com desconhecidos por meio de ferramentas de comunicação como e-mail, bate-papos (incluindo MSN, Skype, Google Talk, ICQ) e redes de relacionamentos (Facebook, Orkut entre outras). Seguem abaixo algumas dicas:
- •não receber arquivos enviados por desconhecidos;
- •não divulgar informações pessoais, como endereço, telefone, local onde estuda, entre outras informações pessoais a pessoas desconhecidas;
- •não fornecer, informações sensíveis, tais como senhas, ou números de cartões de crédito;
- •não agendar encontros presenciais sem o conhecimento e autorização dos pais.
Apenas um alerta! Ao orientar as crianças para o cuidado no uso da Internet, é preciso estar atentos para não aterrorizar as famílias e os alunos sobre estes riscos, pois não são raros os casos que pais de alunos acabam por proibir o uso da Internet em casa, como medida de proteção. Assim, também limitam as possibilidades de uso positivo da rede. O recomendado é orientar, mas sem alarmar. Orientar de modo tranquilo e objetivo. Afinal, já há também estudos (Finkelhor, 2010) que indicam que os crimes contra a infância e adolescência vêm diminuindo e nos lembram que talvez isto também se deva ao fato de que os técnicos e especialistas consigam rastrear com facilidade a origem das ações criminosas no mundo digital.
Concluindo
Nesta unidade, aprofundamos nossa discussão sobre a importância das tecnologias em nossas vidas e no trabalho da escola. Começamos a aventura de navegar pelos mares da Internet. Tivemos nosso primeiro contato com um navegador e com algunssites, em especial com o portal do professor. Aprendemos mais possibilidades de pesquisa na Internet, além de termos conhecido uma coleção de links que podem nos ajudar nas nossas aulas. Aprendemos a guardá-los na pasta favoritos do nosso browser. Ganhamos mais autonomia ao usarmos o computador e a Internet, aprendendo sobre várias dicas de segurança. Avançamos mais um pouco nesta viagem pelo mundo digital.
É tempo de memorial

Agora chegou o momento de você registrar suas reflexões sobre esta unidade de estudo. Para facilitar a sua reflexão sugerimos que você destaque o que você aprendeu de novo nesta unidade, o que você já sabia e mas que após o estudo realizado você compreendeu de uma forma nova e significativa. Que dicas sobre os aspectos referentes à navegação, pesquisa e segurança na rede, você acha que vale a pena registrar para não esquecer. Vamos lá!
Referências bibliográficas
ANTONIO, José Carlos. A Lousa Digital Interativa chegou! E agora?,Professor Digital, SBO, 01 ago. 2012. Disponível em: http://professordigital.wordpress.com/2012/08/01/a-lousa-digital-interativa-chegou-e-agora/ . Acesso em: 10 set 2012.
CIDEC. Navegação e pesquisa na internet. Cadernos Eletrônicos. SP: Programa Acessa São Paulo do Governo do Estado de São Paulo. Maio/2003. Disponível em:http://www.miniweb.com.br/atualidade/tecnologia/
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CRUZ, Carlos Henrique de Brito. Internet e Pesquisa. Unicamp. Disponível emhttp://www.ifi.unicamp.br/~brito/
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DEL RE FILIPPO, Denise; SZTAJNBERG, Alexandre. Bem-vindo à Internet. Rio de Janeiro:Brasport, 1996. Disponível em: www.filippo.eti.br/livro. Acesso em: 18 ago. 2012.
GUIA PARA INICIANTES. Disponível em:http://www.thats.com.br/garagem/guia/index.htm. Acesso em: 22 set. 2012.
Mídias na Educação. Disponível em:http://webeduc.mec.gov.br/midiaseducacao/. Acesso em: 25 set. 2012.
MORAN, José Manuel. Educação Inovadora. Disponível em:http://www.eca.usp.br/prof/moran/. Acesso em: 23 set 2012.
SALTO PARA O FUTURO. Integração das tecnologias na educação. Disponível em:http://www.tvbrasil.org.br/saltoparaofuturo/. Acesso em: 05 nov. 2012.
GUIA INTERNET PARA INICIANTES. Disponível em:http://www.icmc.usp.br/manuals/BigDummy/. Acesso em: 07 nov. 2012.
RAMAL, Andrea Cecilia. Ler e escrever na cultura digital. Porto Alegre: Revista Pátio, ano 4, no. 14, agosto-outubro 2000, p. 21-24. Disponível em:http://www.idprojetoseducacionais.com.br/artigos/
Ler_e_escrever_na_cultura_digital.pdf. Acesso em: 10nov. 2012.
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FINKELHOR, David The Internet, Youth Safety and the Problem of “Juvenoia”. University of New Hampshire, Crimes against Children Research Center. January 2011.Disponível em: http://www.unh.edu/ccrc/pdf/Juvenoia%20paper.pdf. Acesso em: 16 nov. 2011.
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